Você provavelmente já ouviu falar em score de crédito. A famosa (e muitas vezes temida) pontuação impacta diretamente seu dia a dia. A verdade é que todo mundo, em algum momento, vai precisar de crédito. Seja para ter um cartão, financiar um imóvel ou até mesmo comprar um carro. E é nesse momento que o score faz a diferença. “Ele nada mais é do que o indicador de que aquela pessoa é ou não uma boa pagadora. O score indica a possibilidade dela não conseguir pagar o crédito que está contratando”, explica Carlos Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar.
A pontuação vai de 0 a 1.000 e mede a probabilidade de você pagar as contas e não se endividar nos próximos meses. Existem três faixas de risco: de 0 e 300 (alto risco), de 300 a 700 (risco médio) e acima de 700 (risco baixo). Quanto menor o score, maior as chances de não honrar o compromisso e mais difícil (e caro) se torna conseguir um crédito.
“O mercado usa essa ferramenta como um norte para mensurar riscos”, explica Heber Alves, gerente de produtos sênior na Serasa. O cálculo é feito por birôs de crédito, bancos e outras empresas. Cada instituição pode ter o seu score. No caso da Serasa, que tem um dos mais conhecidos, a pontuação é feita com base em três blocos de informações – é bom conhecê-las para que você saiba de antemão a quantas anda sua pontuação:
Histórico de crédito
É seu histórico de comportamento e a forma como você se relaciona com crédito ao longo do tempo. Aqui ficam as informações de créditos que você já contratou, quais os tipos, por quanto tempo, se você pagou em dia as parcelas e se atrasou em algum momento.
Histórico financeiro
O segundo bloco reúne informações de pagamento de dívidas e contas. Se por algum motivo você não pagou suas contas e teve dívidas incluídas no cadastro de inadimplência da Serasa, isso terá um peso no score. Neste bloco está registrado o tipo de dívida, quanto tempo ela ficou em aberto e se já foi paga ou não.
Consulta de CPF
O terceiro bloco leva em consideração o número de vezes em que seu CPF foi consultado por empresas. Quanto mais consultas, menor pode ser sua pontuação. “Isso pode gerar uma desconfiança e indicar que você está tomando bastante crédito e que talvez não consiga honrar o compromisso”, explica o planejador Carlos Castro.
Tomar crédito exige planejamento e consciência
Não existe uma fórmula mágica para manter uma boa pontuação. O score nada mais é do que um reflexo da sua saúde financeira e de como você lida com as contas no cotidiano. “Você precisa se conhecer financeiramente, ter um controle da sua receita e despesas e manter esse saldo positivo, gastando menos do que ganha”, ressalta Heber Alves, da Serasa. Pagar as contas em dia e mostrar para o mercado que você tem uma “boa relação” com o crédito te ajudam a manter um score alto.
Mais do que isso, segundo ele, você precisa assumir compromissos de forma consciente. No caso da tomada de crédito, os juros mais altos exigem planejamento e atenção redobrada. “Primeiro você precisa ter certeza que as parcelas cabem na sua renda e não vão comprometer muito das suas finanças. Além de analisar as taxas e condições, você precisa buscar o tipo de crédito certo para aquela finalidade”, explica Alves.
O crédito consignado costuma ter taxas menores quando comparado a outras opções, já que as parcelas são deduzidas diretamente da folha de pagamento ou da aposentadoria. “Se você deseja comprar um imóvel, por exemplo, o crédito imobiliário pode ser mais indicado. Ele foi justamente feito para isso, já que tem um prazo maior de pagamento. O importante é encontrar a melhor opção e conseguir boas ofertas e condições. E como isso é possível? Com um bom score e saúde financeira”, afirma Alves.