Itaú lança fundo com gestão ativa que migra os investimentos em ações com FGTS

Produto pode ser uma alternativa mais rentável no longo prazo

Detalhe de agência do Itaú Unibanco. Foto: Rafael Navarro/Divulgação
Detalhe de agência do Itaú Unibanco. Foto: Rafael Navarro/Divulgação

O Itaú Unibanco lançou um fundo de investimento que pode ser uma alternativa mais rentável no longo prazo para o investidor migrar das ações de Eletrobras (ELET3; ELET6), Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nas privatizações.

O novo produto faz gestão ativa, ou seja, pode comprar ações diferentes livremente, em vez de apenas um papel e também não tem a obrigação de seguir um ativo ou índice, como acontece com os fundos de gestão passiva.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

O recurso aplicado originalmente em Fundos Mútuos de Privatização (FMPs) pode ser transferido para os chamados FMPs Carteira Livre. Além de ações diversas, eles podem comprar títulos de renda fixa até o limite de 49% da carteira.

A maioria dos investidores ainda não conhece os FMPs Carteira Livre, mas desde meados de dezembro, seis meses após a privatização da Eletrobras, o número de fundos assim começou a aumentar. Banco do Brasil,Bradesco, BTG Pactual, Genial e XP já possuem esses produtos e, agora, o Itaú entrou no grupo.

O banco lançou o Itaú Balanceado Ativo FMP-FGTS Carteira Livre, que deixa 55% da carteira em renda variável e 45% em renda fixa. A fatia de renda variável adota a mesma estratégia do fundo de ações Asgard, gerido pela Itaú Asset, que tem o objetivo de superar o Ibovespa. Já a parcela de renda fixa combina as estratégias dos fundos de crédito privado mais importantes da Itaú Asset. A taxa de administração é de 1,5% ao ano.

O que é a gestão ativa de um fundo de ações?

Mas, afinal, como funciona um fundo de ações com gestão ativa?

O economista Pedro Paulo Silveira, diretor de gestão de investimentos da Nova Futura, explica qual as diferenças entre um fundo de gestão ativa e um de gestão passiva na Entrevista da Semana que está logo abaixo:

Vantagens de tirar o dinheiro do FGTS para comprar ações

Os estudos apontam que, nas experiências realizadas, compensou comprar as ações das companhias com FGTS nas privatizações, em comparação a deixar o dinheiro no FGTS, que rende apenas 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR).

Contudo, uma carteira diversificada tende a oscilar menos do que apenas uma ação, porque busca ter papéis diferentes conforme o ambiente macroeconômico e microeconômico para as companhias.

Ou seja, é menos impactada por problemas econômicos, políticos ou mesmo setoriais que afetam uma única empresa. Assim, uma carteira diversificada tende a proporcionar um equilíbrio maior entre retorno e risco.

Desvantagens de sair do FGTS para comprar ações

Entretanto, é bom saber que esses fundos com gestão ativa custam mais caro, ou seja, os bancos e corretoras ganham mais quando os clientes fazem a migração.

A taxa de administração vai até 2% ao ano nos FMPs Carteira Livre, bem acima da taxa de administração máxima de 0,40% ao ano nos FMPs originais de Eletrobras, por exemplo.

E ainda há o risco da equipe de gestão errar as suas escolhas e o fundo ir mal em algum ano. Apesar disso, especialistas aconselham fazer a migração.

Quais são as regras dos FMPs?

O cotista que migrar o dinheiro para os FMPs Carteira Livre não é tributado, porque ele faz um processo chamado de portabilidade, e não de resgate.

Apenas investidores que já possuem dinheiro alocado em FMPs podem pedir essa migração ao assessor de investimentos da corretora ou ao gerente do banco.

A portabilidade pode ser feita dentro do mesmo banco ou corretora ou para outra instituição financeira.

O investidor dos FMPs Carteira Livre também só consegue pedir a migração do dinheiro de novo para outros FMPs após seis meses ou para a conta do FGTS após 12 meses.

A carência cai caso ele entre em algumas das condições para uso do FGTS, como aposentadoria e demissão sem justa causa.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS