Americanos buscam ações defensivas com medo da recessão

Investidores monitoram o Fed, que quer derrotar a inflação a qualquer custo

Índice de ações defensivas do Goldman Sachs saltou mais de 4% esta semana, o dobro do aumento no índice global de ações, à medida que os temores de uma recessão global superam a preocupação com a inflação altíssima. O indicador inclui grandes nomes do setor de tecnologia e saúde e é medido em relação ao MSCI AC World Index.

O que são ações defensivas?

Ações defensivas são aquelas que não surpreendem negativamente os investidores, caso a Bolsa de Valores despenque. São papéis que, mesmo em meio a alguma crise, estão blindados pelo caráter do setor onde estão inseridos. No Brasil, empresas de prestação de serviço do setor público, por exemplo, são ações defensivas, como os setores de energia elétrica e infraestrutura.

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Por que os americanos estão optando pelas ações defensivas?

Os investidores dos EUA monitoraram o Federal Reserve (Fed), que parece disposto a levar o país à recessão para derrotar a inflação. O presidente Jerome Powell chamou seu compromisso de conter a alta de preços de “incondicional”, dando um impulso a refúgios como títulos americanos e fornecendo um novo motivo para que ações defensivas tenham desempenho superior. A queda nos rendimentos dos títulos foi particularmente útil para as ações de crescimento defensivas, que estavam sob pressão do aumento das taxas de juros, prejudicando as métricas de preço.

Um posicionamento mais forte em ações defensivas em meio ao crescente medo de uma desaceleração também sugere que os mercados podem enfrentar dificuldades no curto prazo, especialmente ações cíclicas que tendem a se beneficiar de um fortalecimento econômico. As estimativas de lucros futuros das ações globais estão apenas a uma fração de suas máximas recentes, apesar das preocupações com a recessão.

Os fundos de ações sofreram o maior resgate líquido em nove semanas. Cerca de US$ 16,8 bilhões foram retirados na semana até 22 de junho, com os fundos de ações dos EUA sofrendo o primeiro resgate líquido em sete semanas, de US$ 17,4 bilhões, disse o Bank of America, com base em dados da EPFR Global.

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