É possível investir no mercado vegano?

A resposta é sim! E a gente te mostra três formas e três motivos para aplicar parte do patrimônio neste setor que tem crescido não só no prato dos brasileiros, mas também no universo dos investimentos

(Forto: Rafael Albornoz/Unsplash)
(Forto: Rafael Albornoz/Unsplash)

O veganismo existe, e não é surpresa para ninguém. Mas pode ser que você tenha ficado surpreso, ao fazer uma visita no supermercado, com a quantidade de produtos veganos disponíveis, principalmente aqueles que imitam a carne animal feitas à base de plantas ou produzidos em laboratório.

Pois é, esse é o futuro da nossa alimentação e também do mercado de investimentos.

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Sim, você não leu errado. O mercado de produtos veganos tem crescido não só no prato dos brasileiros, mas também no universo dos investimentos.

Só para ter uma ideia, segundo pesquisa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o setor cresceu 40% só em 2022. Nos últimos 10 anos, segundo o Ministério da Economia, aumentou em 500% o número de empresas abertas com o termo “vegano” no nome.

Quer saber de números? De acordo com dados da Euromonitor International, a estimativa é que produtos vegetarianos e veganos tenham um faturamento de US$ 51 bilhões. 

Onde investir 

Dessa forma, fica visível que este é um segmento em crescimento. Mas, onde é possível investir? 

Se você mirar no exterior…

As possibilidades são um pouco maiores. Isso porque, no exterior, as empresas são mais maduras e estão no mercado há mais tempo, como a Beyond Meat (BYND). 

Pioneira ao entrar na Bolsa ainda em 2019, a empresa chama a atenção do público ao produzir uma carne à base de plantas que imita o sabor, a textura e a cor da carne animal. Seu hambúrguer, por exemplo, tem feito sucesso ao reproduzir até mesmo o sangue da carne, feito nesse caso de beterraba. 

Outra forte opção para você investir é a Oatly (OTLY). Produtora de leites veganos, ela se lançou no mercado com oferta inicial de US$ 1,4 bilhão, e já é o grande nome na produção de leite e derivados a partir de aveia e grãos. 

Ficou interessado em investir nessas empresas? Bom, não só você. Sabia que o Jay-Z e o ex-presidente do Starbucks investem na Oatly? E você pode se juntar a eles.

Por meio de BDRs, ETFs e corretoras internacionais, isso é possível. 

Via empresas ESG

Já ouviu falar no índice S&P/B3 Brasil ESG? É ele quem vai medir, por meio de alguns critérios, se a empresa realmente atende aos pilares do ESG.

Mas, antes, vamos voltar uns passos para trás. ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance, que quer dizer Ambiental, Social e Governança. Isso significa que empresas alinhadas às práticas ESG são responsáveis por essas três frentes.

Ou seja, se você quiser investir em empresas que se preocupem com esses fatores, é interessante analisar quais empresas ESG estão disponíveis. 

Mas, atenção. Mesmo cumprindo os critérios de sustentabilidade do índice S&P/B3 Brasil ESG, algumas empresas podem não ser completamente veganas ou não seguirem sua filosofia.

Além disso, existem empresas que não são, no seu legado e produto principal, veganas, mas estão aderindo a produtos deste segmento, como é o caso da linha vegetais da Seara, do Grupo JBS (JBSS3) e da Sadia, parte da BRF (BRFS3). 

Investir nelas ou não é uma decisão completamente sua. Afinal de contas, você precisa analisar o que faz sentido para sua filosofia e para o seu futuro. O importante é que há opção para todos: empresas com produtos completamente à base de plantas e outras tradicionalmente carnívoras se reinventando. 

Empresas veganas nacionais

Se você ainda não se sentiu contemplado por nenhuma das opções acima, não tem problema nenhum. 

Para os mais clássicos, ainda há a possibilidade de investir, aqui no Brasil, em startups veganas raíz, aquelas que foram pioneiras no mercado nacional, como a Fazenda Futuro. A foodtech brasileira possui a cantora Anitta como investidora e sócia.

Além disso, a NoMoo, produzindo laticínios à base de castanha de caju, a Bars Over Bottles (B. O. B), de cosméticos em barra, e a Nude, de leite vegetal, têm chamado a atenção do mercado brasileiro.

A boa notícia é que, assim como a Anitta, você também pode investir nelas por meio das plataformas digitais da CapTable e da EqSeed.

Por que investir no mercado vegano?

Se, mesmo com todas essas opções e dados, você ainda não se convenceu de que é uma boa investir no mercado vegano, fique tranquilo. Separamos 3 razões para você não deixar essa oportunidade do futuro de lado.

  1. Preocupação social

A sustentabilidade se tornou pauta crescente entre jovens e adultos das gerações Millennials e Z. E que diferença isso faz? Toda. Isso porque, o mercado segue esse interesse dos consumidores.

Afinal, a preocupação com a sustentabilidade também demonstra um cuidado maior com a segurança social e com a saúde, levando em conta intolerantes e alérgicos a certos alimentos. Ou seja, atrai mais público.

  1. Em crescimento constante

Isso já deu para reparar, certo? Mesmo que, de início, o mercado vegano pareça ser muito nichado em produtos plant based, ele abrange diversas áreas que vão desde alimentação, moda, cosméticos e produção de energia. 

Além disso, cada dia mais, as pessoas têm se preocupado com o que comem e com o estilo de vida que levam, e isso impacta diretamente seus investimentos e consumo. Empresas brasileiras como a Grendene (GRND3), por exemplo, que, a princípio, não parecem ter semelhanças com nenhuma outra empresa listada aqui, também garantem que nenhum produto tenha origem animal.

  1. Oportunidade real de negócio

Voltemos aos números. Sabia que a expectativa é que esse mercado cresça mais de US$ 36 bilhões até 2030? Se eu fosse você, se atualizava e já embarcava nessa, afinal, empresas e startups de diversos tipos já estão se adequando a essa nova demanda que só cresce.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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