CDB pós-fixado: quando vale a pena e quando preferir o prefixado?
Entenda as principais características de cada um e o que considerar antes de escolher entre um CDB prefixado ou pós-fixado
Dentro da renda fixa, os CDBs são queridinhos quando o assunto é segurança e praticidade. É possível investir com valores baixos, pouco risco e pelo próprio smartphone. Mas um ponto pode gerar dúvidas na hora de investir: qual título escolher? Quando vale a pena investir em um CDB pós-fixado ou em um prefixado? Nós te ajudamos a entender.
O que é um CDB pós-fixado? E um CDB prefixado?
Vitor Oliveira, especialista em renda fixa da One Investimentos, explica que nos CDBs pós-fixados as taxas de retorno estão atreladas a um índice de referência, como CDI ou IPCA. “O rendimento é conhecido apenas no vencimento do investimento, pois depende da variação do CDI durante o período”, ressalta.
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Já os CDBs prefixados têm taxas de retorno definidas no momento da aplicação. “Essa taxa permanece fixa durante todo o período do investimento. O CDB prefixado oferece previsibilidade ao investidor, pois ele sabe exatamente quanto receberá no vencimento”, explica Vitor.
Como escolher o melhor CDB?
De acordo com Santiago Schmitt, especialista em renda fixa da Manchester Investimentos, a escolha depende de fatores como análise do contexto econômico atual e das projeções futuras sobre as taxas de juros. Vitor, da One Investimentos, destaca quando vale a pena um ou outro.
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CDB prefixado
Mais indicado em um cenário futuro de baixa nas taxas de juros. Isso pois o investidor garante uma taxa fixa mais alta em um período em que Selic e CDI estão mais baixos. “Por exemplo: Um CDB prefixado de 13% vai pagar mais do que um CDB pós de 110% do CDI e vai remunerar melhor em um cenário onde o CDI é de 10% (equivale a 11%)”, explica Vitor.
CDB pós-fixado
Ideal para cenários de alta nas taxas de juros, já que o investidor pode se beneficiar gerando maiores ganhos com a taxa contratada. “Por exemplo: um CDB de 110% do CDI vai remunerar melhor em um cenário onde o CDI é 13% (equivale a 14,30%) do que em um cenário onde é de 10% (equivale a 11%)”, ressalta o especialista.
Além disso, é essencial considerar o prazo de vencimento do investimento e se ele se alinha aos seus objetivos financeiros. “Essa escolha deve ser guiada pelos seus objetivos específicos, garantindo que o tipo de CDB selecionado esteja alinhado com suas metas de investimento”, ressalta Santiago.
O que considerar antes de investir
Vitor Oliveira, da One Investimentos, explica que para investir em um CDB é preciso analisar alguns pontos, como rentabilidade, prazo de investimento, liquidez e garantia. “Verifique se o banco emissor do CDB tem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura o investimento em até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, em caso de falência do banco”.
Já Santiago ressalta que a escolha deve ser orientada pelo perfil do investidor, levando em conta as condições financeiras, pessoais e objetivos com essa aplicação. “Isso inclui avaliar a taxa de rendimento oferecida, o prazo de vencimento e liquidez do investimento, bem como o montante inicial a ser aplicado, entre outros fatores.
Além disso, é importante ter cautela na escolha do emissor dos ativos. “Nesse contexto, verificar os indicadores financeiros e notícias relacionadas ao emissor/setor pode ajudar na escolha. Normalmente, os indicadores mais comuns no setor bancário incluem a relação de capital regulatório (Índice de Basileia) e a capacidade de cobertura de obrigações (Índice de Imobilização)”, explica Santiago.