Quanto rendem R$ 4 milhões na poupança, LCI e LCA?
Com a ajuda de especialistas, fizemos os cálculos para você saber quanto teria entre 1 mês e até 5 anos
Quando a gente procura um investimento, é comum querer saber qual será o provável retorno no fim do prazo escolhido. Claro que esses valores podem variar, mas ainda assim, é interessante saber esses rendimentos. Por isso, hoje, a gente te mostra quanto rendem R$ 4 milhões na poupança e em outros investimentos da renda fixa.
E quem trouxe esses cálculos para a gente foram Lai Santiago, planejadora financeira e economista comportamental e Wanessa Guimarães, sócia da HCI Invest e planejadora financeira CFP pela Planejar.
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Quanto rendem R$ 4 milhões na poupança?
Mas antes, Lai Santiago faz um apontamento. “Ao considerarmos o cenário de queda de juros, o investidor mais conservador pode buscar alternativas dentro da renda fixa que ‘seguram’ a rentabilidade por períodos maiores, como os investimentos prefixados. Dessa forma, mesmo que a Selic continue caindo, o rendimento contratado será mantido. Por isso, LCI e LCA prefixadas, por exemplo, podem ser boas alternativas”, acredita a planejadora financeira.
Então, vamos para as simulações de quanto rendem R$ 4 milhões na poupança? Importante saber que o rendimento da poupança depende da taxa Selic. Hoje, com a Selic acima de 8,5% ao ano, a regra de rentabilidade da poupança é de 0,5% ao mês + a TR (Taxa Referencial).
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Vale lembrar que todos esses valores são aproximados. Por isso, podem variar tanto para mais quanto para menos.
Desse modo, confira qual é o retorno financeiro de R$ 4 milhões investidos na poupança em:
- 1 mês: aproximadamente R$ 25,9 mil;
- 1 ano: em torno de R$ 321,6 mil;
- 2 anos: mais ou menos R$ 669 mil;
- 5 anos: aproximadamente R$ 1,9 milhão.
Quanto rendem R$ 4 milhões na LCI e LCA?
Deu para perceber que até mesmo na poupança o retorno pode ser interessante. Mas claro que existem outros produtos mais rentáveis, como é o caso da Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Mas mesmo esses ativos financeiros sendo direcionados a setores diferentes, eles são muito parecidos. “O lastro que garante o ativo é diferente, mas ainda assim, possuem rentabilidades muito semelhantes. Por isso, ao realizar os cálculos, consideramos as projeções de valores iguais tanto para LCI quanto para LCA”, esclarece Wanessa Guimarães.
Por isso, você não precisa ficar atrelado apenas a saber quanto rendem R$ 4 milhões na poupança, por exemplo.
Portanto, começamos com as simulações feitas pela sócia da HCI Invest. Veja só quanto rendem R$ 4 milhões na LCI e LCA com retorno de 90% do CDI em:
- 1 mês: em torno de R$ 45,3 mil;
- 1 ano: mais ou menos 401,4 mil;
- 2 anos: aproximadamente 802,8 mil;
- 5 anos: em torno de 2,2 milhões.
Confira agora a projeção feita por Lai Santiago, que considerou dois cenários: o investimento em LCI ou LCA com retorno de 85% do CDI e com o rendimento de 96% do CDI.
Qual o retorno financeiro de R$ 4 milhões em LCI e LCA
Ativo financeiro | 1 mês | 1 ano | 2 anos | 5 anos |
LCI/LCA 85% CDI (mais comum nos bancos grandes) | R$ 29,3 mil | R$ 365,5 mil | R$ 764,4 mil | R$ 2,2 milhões |
LCI/LCA 96% CDI (encontra em corretoras) | R$ 33,2 mil | R$ 416 mil | R$ 875,5 mil | R$ 2,6 milhões |
De olho na diversificação
Bem, agora que você está por dentro de quanto rendem R$ 4 milhões na poupança, na LCI e na LCA, é muito importante ter em mente a diversificação do valor em títulos e ativos diferentes.
“Afinal de contas, devemos levar em conta o teto da cobertura do FGC de R$ 250 mil por instituição e um total de 1 milhão por CPF. Essa cobertura se dá apenas na renda fixa de emissão bancária [que é exatamente os produtos usados para a nossa simulação]. Por isso, seriam necessários cinco ou mais títulos para garantir com folga que os valores fiquem dentro do teto”, alerta Lai Santiago.
Outro ponto fundamental é que o investidor não se apegue à rentabilidade isolada dos ativos. Afinal, de acordo com a planejadora financeira, uma carteira diversificada funciona como se fosse um time de futebol.
“De nada adianta eu colocar 11 atacantes em campo, por exemplo. Da mesma forma que não faz sentido direcionar todo o dinheiro para as ações. Quando o adversário chutar no gol, quem vai proteger o time? Muitos investimentos não farão grandes movimentos na sua carteira no dia a dia. Mas são essenciais para proteger de riscos como a perda do poder de compra pela inflação, a desvalorização do real frente a outras moedas estrangeiras, as possíveis crises nas bolsas de valores, entre outros fatores”, afirma.
Além disso, é importante definir claramente os objetivos financeiros e o horizonte de tempo para os seus investimentos.
“Isso porque, objetivos de curto prazo, exigem liquidez e estabilidade. Enquanto metas de longo prazo permitem a inclusão de ativos com maior potencial de valorização. Sem esquecer que é vital considerar as implicações fiscais dos investimentos, já que diferentes produtos têm diferentes tratamentos fiscais”, finaliza Wanessa Guimarães.