Qual é o cenário para as criptomoedas em 2023?

As quedas podem se acentuar, mas algumas moedas virtuais merecem sua atenção

Ilustração: Luli Tolentino.
Ilustração: Luli Tolentino.

O ano de 2022 não foi dos melhores para o mercado de criptoativos. O “inverno cripto” se agravou, com uma queda generalizada na cotação das moedas digitais.

O colapso da Terra Luna e o escândalo da FTX foram alguns dos fatos que marcaram esse período sombrio.

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Mas, virando a página, um novo ano começa e, com ele, as expectativas para esse mercado tão volátil. 

“2023 deve ser marcado ainda pela renda fixa como um dos principais investimentos, mas o mercado cripto pode ser melhor do que presenciamos em 2022. Muitos protocolos que não serviam para nada já morreram e outros vão ficar pelo caminho neste ano”, ressalta Guilherme Bento, sócio e diretor de criptomoedas da Acqua Vero Investimentos.

Na visão do especialista, o mercado deve experimentar algumas altas relevantes, mas nada desenfreado. “Tivemos uma grande queda por conta do cenário macroeconômico, que tem sofrido muito, e também por casos como a falência da FTX. Por outro lado, alguns protocolos se mostraram resilientes e continuaram se atualizando”, explica Guilherme.

Finanças descentralizadas: um setor promissor

O especialista destaca o setor de DeFi, ou finanças descentralizadas, como um dos mais promissores para 2023. Nas exchanges descentralizadas, os investidores podem negociar entre si sem intermediários, ou seja, sem uma instituição que gerencia os ativos.

“Vimos em 2022 o caso da FTX, que fez com que os investidores se preocupassem em fazer sua própria custódia de cripto, montando sua carteira para ter mais segurança”, explica Guilherme.

Criptos para ficar de olho em 2023

Na visão do especialista, alguns protocolos e criptomoedas devem se destacar em 2023. Conheça cada uma delas:

Chainlink

Plataforma de blockchain criada para facilitar o uso dos contratos inteligentes entre diferentes plataformas. Ela permite que empresas e instituições financeiras usem sua infraestrutura de rede para registros de transações em várias outras blockchains. A LINK é a criptomoeda usada para alimentar essa rede. “A Chainlink não tem competidores à altura. Várias empresas já usam a rede para registro de dados e transações”, ressalta Guilherme.

AAVE

Um protocolo de finanças descentralizadas que permite que os usuários emprestem e peguem empréstimos de criptomoedas. “É uma cripto ligada a empréstimos colateralizados. Ou seja, você consegue emprestar o ativo e ser remunerado com juros também em forma de cripto. É um setor que se mostrou muito promissor”, destaca Guilherme.

Uniswap

Praticamente uma bolsa de valores do mundo cripto. A Uniswap é um ambiente descentralizado que usa um conjunto de contratos inteligentes para executar negociações. “Ela é reconhecida por ser a primeira DEX, ou seja, uma corretora descentralizada. Você mesmo faz a sua custódia e negocia as criptomoedas”, explica Guilherme. 

Polygon

Polygon é um token da rede Ethereum que opera na Polygon Network, uma rede que está sendo usada para conectar e escalonar projetos em blockchain. “A rede tem se mostrado muito promissora, já que tem sido usada para escalonar projetos compatíveis com a rede Ehereum”, ressalta Guilherme.

Bitcoin e Ethereum

Por fim, os clássicos que nunca “saem de moda”. Na visão do especialista, os dois protocolos são promissores para 2023. “São duas criptomoedas que estão sempre em alta no mercado como um todo. Com o Ethereum subindo, muitas criptos ligadas a ele também vão subir”.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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