Onde investir R$ 50 mil? Veja opções para cada perfil de investidor
Com 50 mil dá para diversificar bastante os investimentos em diferentes ativos
Tem R$ 50 mil para investir e está na dúvida sobre quais são as melhores aplicações para esse valor no cenário atual? Para te ajudar nessa missão, consultamos três especialistas em finanças: José Faria Júnior, planejador financeiro pessoal CFP pela Planejar; Marcos Milan, professor da FIA Business School e Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.
De acordo com eles, com R$ 50 mil dá para diversificar bastante os investimentos em diferentes ativos. “Dessa forma, é possível maximizar o retorno e equilibrar o risco”, afirma Marlon Glaciano. Veja, então, as recomendações dos especialistas.
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Onde investir R$ 50 mil na renda fixa e variável
Marlon Glaciano explica detalhadamente as razões de cada sugestão de investimento. Aliás, vale saber que ele balanceou, contudo, suas recomendações entre a renda fixa, variável, e também investimentos alternativos, como criptomoedas.
Renda Fixa
Últimas em Investimentos
- Tesouro Selic: investir cerca de 20% a 30% neste título garante segurança, liquidez diária e proteção contra oscilações de juros. É um bom “colchão” de emergência;
- CDBs com rentabilidade superior a 100% do CDI: destinar 20% a 30% para CDBs de bancos sólidos pode oferecer bom retorno com liquidez, especialmente se forem de curto ou médio prazos.
- LCI/LCA: investir 10% a 20% em LCI/LCA, que são isentos de IR, pode aumentar o rendimento líquido sem perder segurança.
Renda Variável
- Ações de crescimento (tecnologia e energia limpa): alocar 20% a 30% em ações de empresas como Apple (AAPL34), Microsoft (MSFT, MSFT34) ou Tesla (TSLA34), além de empresas ligadas à energia renovável, pode proporcionar grande valorização, especialmente em setores que continuam a crescer;
- ETFs: destinar 10% a 20% para ETFs de setores em alta, como tecnologia ou ESG (ambiental, social e governança), ajuda na diversificação e reduz o risco concentrado em ações individuais;
- Fundos Imobiliários (FIIs): aproximadamente 10% a 15% do capital pode ser destinado a FIIs, que oferecem renda passiva por meio de dividendos mensais e têm potencial de valorização de longo prazo.
Investimentos alternativos
- Criptomoedas: para perfis mais arrojados, destinar 5% a 10% em criptomoedas como bitcoin (BTC) ou ethereum (ETH) pode aumentar o potencial de ganho em curto prazo, mas exige cautela devido à volatilidade;
- Commodities (ouro, petróleo): uma pequena exposição de 5% a 10% em ouro ou ETFs de commodities pode funcionar como proteção contra crises globais e inflação.
Essa diversificação protege parte do capital com ativos seguros, enquanto aproveita o potencial de crescimento de setores emergentes e voláteis.
Diversificação é a chave do sucesso
O principal conselho dos especialistas para o investidor é a diversificação. Assim, ao distribuir os investimentos entre renda fixa e variável, é possível equilibrar o risco e o retorno e, assim, proteger seu capital enquanto ainda busca crescimento.
“Também é fundamental acompanhar de perto o mercado, ajustando sua carteira conforme mudanças econômicas e seu perfil de risco. E, acima de tudo, invista apenas em ativos que você entende ou com o auxílio de especialistas para minimizar surpresas desagradáveis”, finaliza Glaciano.
Tenha clareza do que quer antes de investir
Antes de se falar em aportes, é importante que o investidor tenha muita clareza sobre o que ele busca ao investir, alerta o professor Marcos Milan. “O investimento é para formação de reserva? Algum projeto específico? O foco é o longo prazo?”
Uma vez que essa primeira etapa é definida, chega o momento de definir qual o nível de risco que esse investidor está capacitado e disposto a correr e aqui lembramos que o nível de risco tem uma boa relação com o prazo de investimento.
Quanto mais tempo o investidor pretende deixar o dinheiro investido, maior é o nível de risco que sua carteira é capaz de suportar, dada à grande margem de manobra que essa carteira tem para uma eventual necessidade de ajuste.
Cuidado com as promessas de ganhos fáceis
O planejador José Faria Júnior lembra que outro cuidado muito importante antes de investir é com as promessas de ganhos fabulosos, especialmente envolvendo criptomoedas, mercado futuro, entre outros. “Algumas dessas promessas são golpes. Já outras envolvem apostas e jogos, que dão a impressão de que é muito fácil ganhar dinheiro, o que não é verdade”, diz.
Para se proteger dessas armadilhas, José Faria sugere que o investidor se mantenha atento ao seu planejamento financeiro e defina os investimentos com base nos seus objetivos de curto, médio e longo prazo, adequando cada investimento a estes períodos.
“Os investimentos devem ser feitos de acordo com as necessidades de curto, médio e longo prazo. Além disso, é preciso conhecer profundamente o perfil do investidor e a tolerância a perda. Por exemplo, o bitcoin (BTC) caiu em torno de 30% entre o início de junho e o início de agosto. Como você reagiria a esta queda?”, diz.
Onde investir R$ 50 mil por perfil de investidor
Veja, a seguir, sugestões de onde investir R$ 50 mil de acordo com o perfil de investidor.
Perfil Conservador
O objetivo do investidor de perfil conservador é, principalmente, a preservação do capital. Nesta equação, como o risco que se corre é menor, o retorno esperado também deverá ser menor.
Carteira sugerida por Marcos Milan
- 80% em renda fixa como Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, CDBs com liquidez de até 90 dias;
- 15% em ativos com exposição em inflação, câmbio, infraestrutura ou commodities;
- 5% em renda variável: ETFs, ações, fundos imobiliários.
Carteira sugerida por Marlon Glaciano
- 50% Tesouro Selic;
- 30% CDB de liquidez diária;
- 20% LCI/LCA.
Perfil Moderado
Este tipo de investidor aceita correr um pouco mais de risco em busca de uma rentabilidade melhor.
Carteira sugerida por Marcos Milan
- 60% em renda fixa como Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, CDBs com liquidez de até 90 dias;
- 25% em ativos com exposição em inflação, câmbio, infraestrutura ou commodities;
- 15% em renda variável: ETFs, ações, fundos imobiliários.
Carteira sugerida por Marlon Glaciano
- 30% Tesouro Selic ou CDB;
- 20% LCI/LCA;
- 20% ações de empresas sólidas (tecnologia e energia limpa);
- 20% ETFs de renda variável;
- 10% FIIs.
Perfil Arrojado
O investidor que tem um perfil arrojado busca o maior retorno e ele aceita uma maior volatilidade e risco da carteira, suportando, inclusive, algum grau de perda dos investimentos.
Carteira sugerida por Marcos Milan
- 40% em renda fixa como Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, CDBs com liquidez de até 90 dias;
- 30% em ativos com exposição em inflação, câmbio, infraestrutura ou commodities;
- 30% em renda variável: ETFs, ações, fundos imobiliários.
Carteira sugerida por Marlon Glaciano
- 30% ações (tecnologia e energias renováveis);
- 20% ETFs voláteis (tecnologia ou ESG);
- 20% criptomoedas;
- 15% FIIs;
- 15% CDB de liquidez diária para proteção.
Quanto rendem R$ 50 mil em um ano na renda fixa?
Finalmente, a Calculadora de Renda Fixa da Inteligência Financeira também te ajuda a saber quanto você terá ao final de 1 ano se investir R$ 50 mil em diferentes tipos de renda fixa, como títulos do Tesouro, poupança, CDB, LCI e ETF.
Nesta simulação, então, descobrimos que, ao final de um ano depois de investir R$ 50 mil, você teria,:
- R$ 55.241,18 se investisse no Tesouro Selic;
- R$ 53.085,00 se aplicasse na caderneta de poupança;
- R$ 56.175,00 em CDB prefixado;
- Mas se optasse por um ETF IPCA+, considerando uma projeção otimista, teria, ao final de um ano, R$ 61.833,29.
A calculadora faz projeções para cenários otimistas e pessimistas, além de uma projeção média. Para navegar entre as diversas possibilidades basta clicar nas barras e ir, assim, comparando os resultados possíveis dos investimentos.