O que é o Nucoin, criptomoeda criada pelo Nubank

Ativo é armazenado em blockchains públicas que oferecem benefícios

Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters
Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

Não é incomum ver o Nubank entre os assuntos mais comentados no Twitter. Nos últimos dias, a fintech ganhou destaque depois de anunciar o lançamento do Nucoin, sua própria criptomoeda. De acordo com o Nubank, o ativo está em fase de desenvolvimento e os clientes serão parte desta criação.

“Nucoin é a moeda digital própria do Nubank, que será a base para a criação de um programa de recompensas. Ou seja, os clientes que acumularem Nucoins terão benefícios como descontos e outras vantagens”, disse a empresa em um comunicado. 

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Para que serve o Nucoin?

O que a fintech está lançando, na verdade, está mais próximo dos chamados utility tokens, ou tokens de utilidade. Como o nome sugere, os utility tokens são criptoativos armazenados em blockchains públicas que proporcionam benefícios e têm uma utilidade.

“Acredito que o Nubank vai tokenizar um programa de recompensa, onde se oferecem benefícios como sala VIP, status, categorias, cashbacks maiores e acúmulo de milhas. Mas tokenizável, ou seja, uma pessoa pode vender para outra, atingir um certo nível e comercializar isso. Algo intercambiável. Mas o fato é que está mais perto dos tokens de utilidade”, ressalta Arthur Igreja, especialista em Inovação e Tendências.

O Nucoin pode mexer com o mercado?

No futuro, segundo a fintech, a ideia é que os Nucoins também sejam comercializados, como acontece com o bitcoin. No curto prazo, no entanto, o ativo não deve mexer com o mercado. “O que o Nubank busca é utilizar os mecanismos de criptomoedas, como blockchain e tokenização. Mas está mais para o mundo das NFTs do que o mercado de criptomoedas em si”, ressalta Arthur.

Já na visão de Davi Ramos, CEO e sócio-fundador da Vante Invest, é mais prudente olhar a Nucoin e outras criptos de fintechs como aplicações, e não investimentos. “Olhando o próprio caso do Nubank, a moeda será feita em parceria com a Polygon, uma empresa que já trabalha com uma rede cripto mais madura. A maior cripto que tem a proposta de participar da Web3 é o Ethereum. Mas é importante ter a ciência do altíssimo nível de volatilidade e risco de se investir em um projeto que ainda precisa se provar”, destaca.

Nubank não foi o único

Apesar da repercussão, o Nubank não foi o único a anunciar uma iniciativa desse tipo. Empresas como Mercado Livre e PicPay, por exemplo, também têm projetos envolvendo suas próprias criptomoedas. A Mercado Coin é um token de utilidade que opera na rede Etherium. 

Já o PicPay anunciou que vai lançar a sua própria stablecoin neste ano. A moeda digital será lastreada em real, com paridade de um para um, e permitirá que o PicPay seja usado como forma de pagamento em qualquer lugar que aceite carteiras de cripto.

A tokenização veio para ficar

Assim como Nubank, Mercado Livre e PicPay, devemos ver outras fintechs lançando seus próprios tokens. “As fintechs, até pela proposta de pioneirismo tecnológico, perceberam a grande onda que será a Web3. Na Web1, a premissa era o compartilhamento de informações, como um blog que compartilha dicas de jardinagem, culinária ou educação financeira. Na Web2, a revolução se deu pelo conteúdo gerado pelo usuário, como é o caso do Instagram ou do YouTube. Já a Web3 será um modelo de internet descentralizado onde não haverá uma entidade dona daquela rede”, ressalta Davi. 

Na visão do especialista, o mundo cripto será protagonista nesse movimento e as empresas antenadas nessas inovações estão dando os primeiros passos para chegar primeiro nesse novo ecossistema. “A tendência é ter mais e mais empresas com projetos voltados a blockchain e Web3”, afirma.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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