Novo normal? Felipe Rizzo, CEO da WeWork, conta o que mudou no mundo dos escritórios após a pandemia

Jovem executivo, que estreia o quadro ‘Visão de Líder - Novas Lideranças’, diz que 82% das pessoas trabalhavam em regime totalmente presencial antes da pandemia. Hoje, são apenas 16%. “O híbrido veio para ficar”

Economista com mais de 20 anos de experiência e passagens por empresas como Uber, GE Brasil, Accenture e Petrobrás, Felipe Rizzo é o CEO da WeWork Brasil. Rizzo estreia um novo capítulo em nosso Visão de Líder, a versão Novas Lideranças.

Nela, você vai saber como pensam os jovens líderes de grandes companhias. A estratégia que eles usam em momentos mais críticos, assim como os gols, e por que escolhem um caminho em vez de outro, como fez Rizzo.

A WeWork, que aluga estações de trabalho, tem empreendedores e profissionais liberais como principais clientes. A companhia está presente em 150 cidades ao redor do mundo.

A empresa desembarcou no Brasil em 2017, e três anos depois, o mundo parou com a pandemia do novo coronavírus. Então, o que poderia ser uma derrocada, acabou fortalecendo a empresa que, atualmente, tem 32 unidades espalhadas por São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

WeWork: crescimento de 50% no pós-pandemia

Portanto, a empresa foi rápida e logo se adaptou a um novo modelo de trabalho. “Tanto que tivemos crescimento de quase 50% no faturamento se comparado ao período pré-pandemia. E isto, para a gente, é o primeiro sinal de que está dando certo a ideia do serviço criado lá em 2010, em Nova York, de oferecer uma solução de espaço flexível que pudesse vir para mudar a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho”, afirma o CEO da WeWork.

Nesta entrevista, você vai ver que Rizzo, um jovem executivo de 42 anos, vem observando uma mudança importante. É o aumento na procura de empresas tradicionais que querem experimentar esse modelo de espaço de trabalho flexível.

“A gente vê que as pessoas que experimentam nosso serviço gostam e ampliam a utilização. Buscam um espaço flexível, mas não necessariamente compartilhado”, afirma.

Até porque, explica Rizzo, os ambientes oferecidos podem ter diversos modelos.

“Podemos oferecer uma posição ou um prédio inteiro, a depender da demanda dos clientes. No caso de um prédio, a gente cria, faz o desenho interno e opera para os clientes”, conta.

Mudanças no modelo de trabalho

Ao longo do papo com a equipe da IF, o CEO da WeWork também falou sobre as alterações no formato de trabalho. Nesse capítulo, com o arrefecimento da pandemia, ganhou muita força o conceito de flexibilidade.

“As pessoas passaram a se preocupar mais com a questão de onde estão colocando suas energias, e o que estão fazendo com o tempo e suas vidas. Então, a questão do propósito veio com bastante força e a flexibilidade começou a ser muito mais demandada”, observa Rizzo.

Além disso, o executivo fala que, no pré-pandemia, 82% dos profissionais tinham um modelo de trabalho totalmente presencial. Hoje, esse número passou a ser de apenas 16% dos trabalhadores. “Portanto, o híbrido foi um dos modelos de trabalho que vieram para ficar”, comenta.