Já pensou em emprestar dinheiro para empresas do agronegócio?

Pois você deveria conhecer os CRAs, que podem ser uma boa opção na renda fixa; entenda as vantagens e os riscos desse investimento

Saiba como diversificar investimentos usando renda fixa - Ilustração: Marcelo Andreguetti
Saiba como diversificar investimentos usando renda fixa - Ilustração: Marcelo Andreguetti

Imagine uma empresa do agronegócio que busca financiamento para executar um projeto. Esse projeto pode ser a aquisição de uma máquina, uma expansão ou até mesmo a implantação de uma nova tecnologia. Para isso, essa companhia recorre a uma empresa securitizadora e pede um empréstimo. A dívida é transformada em papéis, que são disponibilizados para investidores em troca de rentabilidade. Assim funciona o CRA, ou Certificado de Recebíveis do Agronegócio. “É um tipo de aplicação em renda fixa. É como se o investidor emprestasse dinheiro para as empresas do agronegócios”, explica Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos.

Como investir?

Para investir em CRAs é preciso ter conta em uma corretora de valores e escolher o título dentro da plataforma. Os CRAs podem ser comprados por meio de ofertas primárias ou pelo mercado secundário. É possível investir em três categorias: prefixado, em que você sabe exatamente o quanto receberá de rendimento; pós-fixado, em que há uma previsão, mas a rentabilidade é atrelada a um índice; e híbrido, que tem uma rentabilidade composta por uma parte prefixada e outra pós-fixada.

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Para o bem e para o mal

Uma das grandes vantagens do investimento em CRA, e que acaba atraindo muitos investidores, é a isenção do Imposto de Renda e IOF para pessoas físicas. “Além disso, esses ativos não exigem um volume grande de dinheiro. Com aproximadamente R$ 1 mil já dá para investir em CRA, que costuma ter um rendimento melhor do que boa parte dos investimentos em renda fixa”, ressalta Matheus. 

Mas pasme: por ser emitido por empresas privadas, a maioria delas securitizadoras, os CRAs não têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege o patrimônio de investidores em até R$ 250 mil, caso a instituição financeira quebre. É aí que os investidores têm risco de crédito, ou seja, do não pagamento da dívida.

O que considerar antes de investir?

Apesar de ser um investimento de renda fixa, investir em CRA têm seus riscos. Além da questão do FGC, os CRAs costumam ser emitidos com vencimento entre 10 a 15 anos. Ou seja, se você sacar antes disso, acabará perdendo dinheiro. Portanto, é fundamental analisar seus objetivos e expectativas. “Se você pensa em investir em CRA, precisa fazer uma análise do seu perfil de investidor e ter uma estratégia a longo prazo. Também é fundamental se informar sobre os riscos para tomar a melhor decisão, ressalta Matheus.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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