Inverno cripto: crise gera demissões; investidor deve manter cautela
Gemini dispensa 10% da equipe e Mercado Bitcoin, 90 dos 750 funcionários
Uma das maiores empresas do mercado de criptomoedas nos Estados Unidos, a Gemini anunciou a demissão de 10% do seu quadro de funcionários. O comunicado foi feito no blog da companhia, que justificou a decisão devido a “condições de mercado turbulentas que provavelmente persistirão por algum tempo”. Segundo reportagem do CoinDesk, a Gemini comentou ainda que a indústria cripto está atualmente em uma “fase de contração, agravada pela atual turbulência macroeconômica e geopolítica.”
Empresas se ajustam ao inverno critpo
Outras empresas do setor estão se ajustando ao chamado inverno cripto. Em abril, a gigante Coinbase informou que suspendeu seus planos de contratação de novos funcionários e que iria reavaliar as necessidades de pessoal à medida que o mercado de criptomoedas sofre uma desaceleração dos negócios. O projeto inicial da empresa era de contratar 2.000 profissionais neste ano. No primeiro trimestre do ano, a Coinbase registrou US$ 430 milhões, ante um lucro de US$ 840 milhões, no último trimestre de 2021.
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Demissões também no Brasil
No Brasil, o Grupo 2TM, dono do Mercado Bitcoin, demitiu 90 dos seus 750 funcionários. Em nota, a empresa atribuiu os desligamentos à “mudança no panorama financeiro global”, marcado pela alta de juros e pela inflação mais elevada.
A companhia declarou ainda que essas alterações nas condições macroeconômicas impacta principalmente as empresas de alto crescimento no setor de tecnologia, o que levará a buscar uma nova equação de crescimento e investimento.
Como a crise das cripto começou
O aumento das taxas de juros em todo o mundo desencadeou uma liquidação de ativos de risco este ano, fazendo o bitcoin cair 34% desde 31 de dezembro até o final de maio. O novo token Luna, distribuído para investidores que viram o valor de suas criptomoedas vinculadas ao blockchain Terra ser eliminado no início deste mês, avançou 13%, segundo a CoinGecko.
O que o investidor deve fazer neste momento
Segundo os especialistas em criptomoedas, cautela é o nome do jogo. Eles recomendam que o investimento em criptos não deva passar de algo entre 3% e 5% da carteira dos investidores. Ainda que os preços estejam caindo e que você possa achar que, para o seu perfil, a hora é boa para comprar moedas digitais, vá com calma. Os mercados mundiais ainda estão tentando se recuperar das últimas desvalorizações.
E se você, assim como milhares de outros investidores, está pensando em vender suas criptos, analise o cenário: assim como caíram rapidamente, os ativos digitais dão demonstrações de que podem voltar a subir. E sempre leve em consideração seus objetivos. Essas duas pontas (leitura sobre o mercado + seus planos) devem guiar suas ações.