Debêntures incentivadas disparam em 2024, enquanto CRIs e CRAs desaceleram

Os títulos, cujos ganhos são isentos de Imposto de Renda, que cresceram 407%, para R$ 64,4 bilhões

Quais investimentos estão em alta na carteira dos brasileiros? Veja os novos dados de captações da Anbima até aqui em 2024. Foto: Getty Images
Quais investimentos estão em alta na carteira dos brasileiros? Veja os novos dados de captações da Anbima até aqui em 2024. Foto: Getty Images

As captações de recursos de empresas brasileiras no mercado via debêntures atingiram recorde no primeiro semestre.

Segundo dados da Anbima desta quarta-feira (17), foram 289 emissões com esse instrumento no período, num volume de R$ 206,7 bilhões.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Isso equivale a aumento de 164% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os destaques foram as debêntures incentivadas, cujos ganhos são isentos de Imposto de Renda, que cresceram 407%, para R$ 64,4 bilhões.

Últimas em Investimentos

CRIs e CRAs em baixa

Esses dados de debêntures podem indicar a migração dos novos recursos de investidores, já que outros papéis também livres de IR tiveram desaceleração, após regulamentação que criou limitações para a emissão desses instrumentos.

Assim, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) tiveram captação de R$ 31,4 bilhões, salto de 149% ano a ano.

Porém, houve queda de 10,5% dos volumes se a comparação for feita com a segunda metade do ano passado.

Enquanto isso, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) levantaram R$ 19,4 bilhões de janeiro a junho, 41,6% mais do que um ano antes. Porém, o movimento foi 34% menor do que de julho a dezembro do ano passado.

Em fevereiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) implementou novas regras para CRIs e CRAs, papéis que vinham ganhando popularidade entre investidores pessoa física.

Entre as mudanças, o CMN criou limitações para empresas de fora dos setores imobiliário e do agronegócio emitirem CRIs e CRAs.

CRIs e CRAs não podem mais incluir créditos originados de partes relacionadas. Ou seja, cessão de créditos imobiliários relacionados a empresas do mesmo grupo ficam de fora.

Além disso, os prazos mínimos de vencimento desses títulos aumentaram.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS