CVM notifica sobre 16 pirâmides financeiras no 1º trimestre
Modelo de negócio criminoso tem sido usado para atrair investidores para ativos como criptomoedas
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais, emitiu 16 comunicados ao Ministério Público no primeiro trimestre de 2023 sobre ocorrências de pirâmides financeiras.
O número está no relatório sobre atividade sancionadora do órgão fiscalizador do mercado no período de janeiro a março. No quarto trimestre de 2022, a CVM já havia emitido outros 22 comunicados sobre este tipo de crime.
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“Pirâmides financeiras continuam sendo um dos indícios mais frequentes comunicados pela CVM aos Ministérios Públicos Estaduais e Federal”, afirmou a autarquia no documento.
Entenda uma pirâmide financeira
Dos 40 comunicados emitidos pelo regulador neste ano até março, 16 foram sobre pirâmides financeiras, negócio em que participantes se tornam membros de um esquema com promessas de ganho rápido e alto.
Os novatos investem para entrar no esquema e a base vai sustentando o topo. Ou seja, o lucro dos membros de cima não vem do retorno do investimento, mas das taxas pagas por quem entra no sistema.
Com o tempo, o negócio se torna insustentável, já que é impossível atrair novos participantes o suficiente para bancar toda a pirâmide.
No mês passado, a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas.