Presidente da CAE: sabatina de Galípolo pode ficar para 1º dia de reunião do próximo Copom

No dia 17 de setembro ocorre o 1º dia da reunião do Copom do Banco Central. A reunião dura todo o dia e os diretores ficam em período de silêncio e não podem comentar sobre assuntos econômicos

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central Foto: Pedro França/Agência Senado
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Vanderlan Cardoso (PSD-GO) afirmou que a data da sabatina de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) ficaria “provavelmente” na data do dia 17, mas afirmou que precisaria conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) antes.

“Eu acho que uma data do dia 17 seria uma data boa, mas se o presidente do Senado achar que é depois das eleições, com certeza assim será feito.”

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Cardoso disse que iria decidir o tema com Pacheco na hora da sessão. “Acredito que nesta data, ou então após as eleições, vai depender muito da conversa com Pacheco”.

No dia 17 de setembro ocorre o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A reunião dura todo o dia e os diretores ficam em período de silêncio, onde não podem falar sobre assuntos do Copom, como política monetária.

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O presidente da CAE também comentou as declarações do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que na segunda-feira disse que sabatina seria dia 10. “Isso só atrapalha. Essas declarações sem conversar principalmente com o presidente do Senado só atrapalha porque não tem nada decidido.”

Segundo o presidente da CAE, ninguém do governo o procurou para falar de data. “Dia 10 é humanamente impossível. É semipresencial. Como vai se votar numa autoridade como presidente do Banco Central, uma das maiores autoridades do país, em uma reunião remota?”

Vanderlan Cardoso afirmou que não vai fugir do rito, de fazer a sabatina em um dia pela manhã e o nome ser apreciado no plenário da Casa na parte da tarde. “Normalmente sabatinamos de manhã e a tarde vai para o plenário e vai ser assim.”

O senador também disse que a relatoria da indicação de Galípolo está entre os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Ângelo Coronel (PSD-BA). “Eu pedi para que os dois conversassem para chegar em um acordo.”

O presidente da CAE também disse que sugeriu a Galípolo que ele precisa ter prazo para falar com cada senador. “Estamos vivendo momentos de tensão no país e isso reflete aqui. Precisa que ele tenha tempo para conversar, principalmente com a oposição.”

Cardoso falou após reunião com o próprio Galípolo e os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Nelsinho Trad (PSD-MG).

Nos bastidores, senadores comentam que a insatisfação com a postura do governo no Casa é o principal obstáculo para a sabatina ocorrer antes das eleições municipais.

Segundo interlocutores de Vanderlan, o fato de o governo não cumprir o acordo que previa editar um novo decreto sobre a posse e porte de armas de fogo, revogando trechos do anterior, previsto para acontecer nesta segunda-feira (4), pode atrapalhar o calendário do governo.

A relação estremecida nos últimos meses entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é parte do imbróglio para a sabatina de Galípolo.

Com informações do Valor Econômico

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