Sabesp (SBSP3): Tarcísio tenta se desvencilhar de crise da Enel e defende privatização
Governador disse que pretende propor um termo de ajustamento de conduta às concessionárias para que elas assumam responsabilidade pelos prejuízos provocados aos consumidores
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tentou se desvencilhar dos problemas relacionados à Enel Distribuição e voltou a defender a privatização da Sabesp (SBSP3). No final de semana, fortes chuvas levaram à interrupção na distribuição de energia na capital paulista e levantou críticas da população e da oposição à privatização da companhia de saneamento.
O governador, que pretende avançar com a privatização da empresa ainda neste ano, defendeu que o contrato feito para o processo não será “frouxo”, diferente do acordo de concessão federal do serviço de distribuição de energia elétrica.
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“A gente tem que entender que esses contratos da energia elétrica já são contratos bem mais antigos, né? São licitações que foram feitas lá atrás, você não tem lá uma clareza de metas, uma clareza de servidões por parte concessionária, então isso não tá claro como estará no contrato da Sabesp, por exemplo”, disse o governador.
Um dos argumentos do dirigente estadual é que, no modelo de privatização da Sabesp, o Executivo vai manter uma participação na empresa. “É um modelo absolutamente diferente desse modelo do setor elétrico”, voltou a dizer.
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Tarcísio disse ainda que o processo de privatização da empresa está dentro do prazo, “nem adiantado nem atrasado, nem correndo muito nem andando devagar, nós estamos no tempo adequado”, disse. Segundo ele, deputados estaduais têm proposto emendas que “fazem sentido” para o projeto e que serão incorporadas no texto final do projeto.
Enel
Na tentativa de se desvencilhar do problema causado pelo falta de energia, Tarcísio citou uma dificuldade de comunicação com a empresa, dizendo que sentiu falta dela “mais próxima dos cidadãos e dos prefeitos”. Segundo ele, os atuais contratos de concessão de energia foram firmados com a União. “Esse contrato não é com o governo e, tampouco, está com a prefeitura.”
Tarcísio também afirmou que o governo pretende propor um termo de ajustamento de conduta às concessionárias para que elas assumam responsabilidade pelos prejuízos provocados aos consumidores. “Não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário para ter o ressarcimento”, pontuou.
Com informações do Estadão Conteúdo