Pacheco: votação da indicação de Galípolo será em 8 de outubro, após eleições

Presidente do Senado justificou que o mês de setembro costuma ser mais esvaziado na Casa em função das eleições municipais, o que poderia prejudicar o quórum

Gabriel Galípolo, escolhido por Lula para ser o novo presidente do Banco Central. Fotos: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Gabriel Galípolo, escolhido por Lula para ser o novo presidente do Banco Central. Fotos: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou, nesta quarta-feira (4), que a votação da indicação de Gabriel Galípolo ao comando do Banco Central (BC) no plenário da Casa ocorrerá somente após o primeiro turno da eleição, no dia 8 de outubro.

Antes do comunicado, Pacheco esteve com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) para bater o martelo sobre tema. Na saída, embora a vontade do Palácio do Planalto não tenha prevalecido, Wagner comemorou o fato de “a novela ter chegado ao fim”.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Após o entendimento, Pacheco encaminhou formalmente a mensagem com a indicação de Galípolo à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Segundo ele, caberá ao presidente do colegiado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), definir a melhor data para a sabatina até 8 de outubro.

Inicialmente, o presidente do Senado justificou que o mês de setembro costuma ser mais esvaziado na Casa em função das eleições municipais, o que poderia prejudicar o quórum. Ainda de acordo com ele, será importante até mesmo para o indicado ter mais tempo para dialogar com os senadores.

Últimas em Política

“Quero reconhecer a boa qualidade do indicado, que conviveu conosco em discussões relevantes sobre a reforma tributária”, disse Pacheco, em referência ao período em que Galípolo foi secretário-executivo no Ministério da Fazenda.

O governo queria concluir o processo até a próxima semana, dias antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorre nos dias 17 e 18 deste mês. Pacheco e seus aliados, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), não concordaram com essa possibilidade.

Ao falar sobre o acordo, Jaques Wagner disse que o nome de Galípolo “não cria aresta com ninguém”. Wagner afirmou que, se dependesse dele, a deliberação ocorreria antes das eleições, mas Pacheco ponderou que seria melhor depois e isso é “razoável”.

Sobre as visitas do indicado aos senadores, Wagner defendeu que ele “tem percorrido vários gabinetes” e que pediu a Galípolo para se encontrar com todos. Até o momento, já foram contabilizadas 30 visitas no total.

“Não é um nome tirado de uma cartola, porque ele está há um ano como diretor do Banco Central”, avaliou.

O líder da oposição, Marcos Rogério (PL-RO), pediu para a data ficar em aberto para que o tema seja tratado em reunião de líderes, considerando que mesmo em outubro muitos parlamentares ainda estarão ausentes e o mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, vai até dezembro. Pacheco ainda não respondeu à solicitação.

Ontem, Vanderlan afirmou que normalmente a sabatina ocorre no mesmo dia da votação em plenário. Ele garantiu que “não vai fugir do rito”. “Normalmente sabatinamos de manhã e à tarde vai para o plenário, e vai ser assim.”

Com informações do Valor Econômico

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Senado


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS