Lula diz que indígenas têm ‘pouca terra’ no Brasil e cobra dinheiro de países que desmataram

Presidente reiterou o compromisso assumido pelo Estado brasileiro de zerar o desmate na Amazônia até 2030 e disse que fará da 'luta contra desmatamento uma profissão de fé'

Os presidentes Lula (Brasil) e Emmanuel Macron (França) durante encontro com lideranças indígenas e cerimônia de condecoração do líder indígena Raoni, na Ilha do Combu, em Belém (PA). Foto: Ricardo Stuckert/PR
Os presidentes Lula (Brasil) e Emmanuel Macron (França) durante encontro com lideranças indígenas e cerimônia de condecoração do líder indígena Raoni, na Ilha do Combu, em Belém (PA). Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na terça-feira (26) que há poucas terras indígenas demarcadas no Brasil, em reação à crítica de setores do agronegócio brasileiro, aos quais chamou de “conservadores e latifundiários”.

Ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, Lula cobrou que países mais industrializados “que já desmataram” ajudem financeiramente os demais na preservação de florestas tropicais.

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“Queremos convencer o mundo de que o mundo que já desmatou tem que contribuir de forma importante para que países que ainda tem florestas mantenham a floresta de pé. Esse é um compromisso nosso”, afirmou Lula, que tem ampliado a cobrança de que os países ricos doem US$ 100 bilhões por ano para ações climáticas, previsto no Acordo de Pais, mas nunca concretizado.

Lula reiterou o compromisso assumido pelo Estado brasileiro de zerar o desmate na Amazônia até 2030 e disse que fará da “luta contra desmatamento uma profissão de fé”.

O francês anunciou que ambos vão investir US$ 1 bilhão de dólares cada em iniciativas para promoção da biodiversidade, desenvolvimento econômico dos indígenas e atividades que favoreçam a preservação florestal. Macron chamou o compromisso em favor da bioeconomia de “Apelo de Belém”.

Segundo Macron, o projeto conjunto com o Brasil tem como objetivo aproximar os territórios dos dois lados do Oiapoque – referindo-se à Guiana Francesa, que visitou na véspera – e “lutar contra o garimpo e interesses financeiros de curto prazo que ameaçam a floresta”.

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O presidente francês disse que os dois países podem formar o maior parque florestal do mundo e prometeu estimular o intercâmbio de pesquisa entre antropólogos e cientistas.

“Vamos investir US$ 1 bilhão cada país para biodiversidade e atividades econômicas compatíveis com interesses dos povos indígenas, que permitam ter perspectiva de desenvolvimento e preservar a floresta”, afirmou o francês, na Ilha do Combu, rodeado de lideranças dos povos indígenas brasileiros, após condecorar o cacique Raoni Metuktire.

Macron havia prometido no ano passado destinar 500 milhões de euros à preservação florestal no Brasil. Ele não detalhou se os recursos se sobrepõem ou são novos. O francês não anunciou a adesão da França ao Fundo Amazônia, como antecipou o Estadão/Broadcast.

Com informações do Estadão Conteúdo

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