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Lula viaja à China e vai se encontrar com Xi Jinping; Planalto quer assinatura de 20 acordos bilaterais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na manhã desta terça-feira (11) com destino à China, em sua terceira visita ao país asiático como chefe de Estado brasileiro. Junto ao presidente, viaja uma comitiva de 40 pessoas, incluindo empresários, governadores, senadores e ministros — dentre eles, Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
O objetivo oficial da viagem, segundo o Palácio do Planalto, é de “relançar as relações” com a China, principal parceiro comercial do Brasil no mundo, além da assinatura de acordos em visitas oficiais e conversas bilaterais. O encontro com o presidente chinês Xi Jinping ocorre na sexta-feira (14). Um dia antes, o mandatário brasileiro participa, em Xangai, da posse da ex-presidente Dilma Roussef (PT) no comando do novo Banco do Brics.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, assume a Presidência durante a viagem de Lula.
Planalto quer assinar 20 acordos bilaterais com China
Durante a visita, Lula deve participar de encontros com empresários chineses e brasileiros. A viagem deveria ter ocorrido no final de março, mas precisou ser adiada por Lula e sua equipe após o presidente contrair uma pneumonia leve.
Antes da viagem do chefe do Executivo brasileiro, uma segunda comitiva visitou o país, encabeçada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A partir da viagem de Fávaro, a China destravou a importação de carne bovina brasileira, embargada após um caso de “mal da Vaca Louca” que o Planalto classificou como “isolado”.
De acordo com Fávaro, as autoridades chinesas se mostraram receptivas em todos os encontros com os representantes brasileiros , e a ida da comitiva presidencial ao país poderá facilitar a assinatura de novos acordos.
Uma das tratativas a ser abordada por Lula durante a viagem à China é a certificação digital realizada por exportadores brasileiros. O acordo representa uma alternativa ao dólar para a balança comercial de China e Brasil, visto que os países devem negociar produtos nas moedas locais de cada um — yuan e real.
O Planalto prevê pelo menos 20 acordos bilaterais assinados até o final da viagem, incluindo uma parceria para a construção e lançamento do sexto satélite da linha CBERS, capaz de monitorar desmatamento e focos de incêndio em biomas como a Amazônia.
Programação de Lula na China
Na sexta-feira pela manhã, a visita de Lula à Pequim começa com um encontro com lideranças chinesas no Grande Palácio do Povo, sede do governo. À tarde, após depositar flores na Praça Celestial, Lula se encontra com o Primeiro-Ministro da China, Li Qiang, e depois com Xi Jinping, presidente chinês. A programação inclui um encontro aberto com assinatura de acordos.
Nesta segunda-feira (10), em entrevista ao programa Voz do Brasil, Lula discutiu a relação entre Brasil e China. “Nós queremos investimentos para gerar empregos e novos ativos produtivos. O Brasil tem uma belíssima relação com a China. Fazemos parte do BRICS juntos. É o nosso principal parceiro comercial. Vamos tentar vender mais as coisas que produzimos para eles. Vamos fortalecer essa relação”, declarou.
Segundo o Planalto, a primeira visita de Lula a um país fora do hemisfério ocidental “faz parte da reconstrução das relações internacionais do novo governo brasileiro, que inclui as viagens já feitas à Argentina, onde também ocorreu a reunião da Celac, ao Uruguai e aos Estados Unidos, além das reuniões com líderes europeus que vieram para a posse em janeiro”.
No retorno ao Brasil, Lula realizará uma parada em Abu Dabhi, capital dos Emirados Arábes Unidos, para uma visita oficial no sábado (15).
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