Lula admite divergências com Haddad, mas diz manter 100% de confiança no titular da Fazenda

Para Lula, 'Haddad é uma pessoa muito importante para mim, muito importante para o país. Obviamente nós temos divergência, mas isso é saudável. Ele tem 100% da minha confiança'

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista no Palácio do Planalto. em Brasília (DF) Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista no Palácio do Planalto. em Brasília (DF) Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu, nesta quarta-feira, que tem “divergências” com seu ministro da Fazenda, Fernado Haddad, quanto aos rumos da política econômica. Apesar disso, Lula defendeu que esses desentendimentos são “saudáveis” e que mantém “100% de confiança” no chefe da pasta.

“O Haddad é uma pessoa muito importante para mim, muito importante para o país. Obviamente nós temos divergência [eu e Haddad], mas isso é saudável. Ele [Haddad] tem 100% da minha confiança, os ministros todos têm minha confiança porque eu mantenho uma equipe boa”, disse Lula em entrevista ao portal UOL.

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Lula falou sobre o assunto ao ser questionado sobre os recentes entreveros entre Haddad e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA). Sobre isso, Lula deu a entender que o “papel” do titular da Casa Civil é entrar em confronto com outros ministros da Esplanada.

“Temos que compreender o papel da Casa Civil, ele [Rui Costa] tem um papel que o coloca em confronto com outros ministros. Quando há uma divergência crônica, sou eu que decido”, disse o presidente. “Então o Rui faz o papel dele, de dizer não e eu aconchego as pessoas”, complementou.

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Como mostrou o Valor recentemente, a disputa de poder entre Haddad e Rui Costa tornou-se um problema que fragiliza o já combalido diálogo com o Legislativo. Um episódio que contribuiu para azedar a relação entre os dois foi a devolução da MP do PIS/Cofins pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Isso porque Lula assinou a MP proposta por Haddad no dia 4 de junho, quando Rui Costa estava na China com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Embora firmada pelo presidente, a medida não tinha o respaldo do setor privado nem tampouco de Rui Costa e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Com informações do Valor Econômico

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