Governo divulga Arcabouço Fiscal limitando o aumento da despesa em 70% do avanço das receitas; Veja

Fundo para educação e Piso da Enfermagem estão fora dos limites estabelecidos

Apresentação da nova regra fiscal coloca ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no centro das atenções  do mercado nesta quinta, 30 de março
Apresentação da nova regra fiscal coloca ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no centro das atenções do mercado nesta quinta, 30 de março

O Ministério da Fazenda divulgou o texto do novo Arcabouço Fiscal aos jornalistas, instantes antes do ministro Fernando Haddad iniciar a entrevista coletiva. No texto da nova regra, destaque para o trecho que aponta que o crescimento anual da despesa será limitado a 70% da variação da receita primária.

O dado não é novo, ontem já havia sido divulgado por jornalistas, via fontes. Outro ponto importante é salientar que, na nova regra, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e Piso da Enfermagem ficam excluídos dos limites de gastos, o que já está vigente.

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O arcabouço tem compromisso com o resultado primário até o ano de 2026, com metas e banda de variação tolerável. Sendo déficit de 1,5% em 2023 (já aprovado na PEC da Transição), déficit 0 em 2024 e superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026.

De acordo com o texto da regra, o atual teto de gastos passa ter uma banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% e 2,5% ao ano, chamado de mecanismo anticíclico.

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“Se os esforços do governo de aumento de receitas e redução de despesas resultarem em primário abaixo da banda, obriga redução do crescimento de despesas para 50% do crescimento da receita no exercício seguinte”, diz o texto apresentado pelo governo nesta quinta.

Investimentos

Resultado primário acima do teto da banda permite a utilização do excedente para investimentos. Além de um teto, os investimentos também terão um piso, segundo a proposta.

Segundo o texto do Ministério, o Arcabouço garante que “mais pobres sejam levados de volta ao Orçamento”, além da “recuperação do Orçamento de políticas públicas essenciais” e “mais espaços para investimentos públicos”.

Ainda segundo o texto da Fazenda, o Arcabouço garante a redução dos juros da dívida em R$ 80 bilhões em 2023, R$ 120 bilhões em 2024, R$ 155 bilhões em 2025, R$ 186 bilhões em 2026 até R# 360 bilhões em 2031.

Por fim, o governo espera que a implementação da regra ocasione em: Menos inflação, mais estímulo ao investimento privado, menos juros na dívida pública, atração de investimentos internacionais, recuperação do grau de investimento, mais previsibilidade e estabilidade e a recuperação do grau de investimento.

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