‘Frente política que vencerá amanhã é mais ampla que a de 2003’, diz Dino

Nova presidência de Lula deve ser muito diversa, disse o senador eleito Flávio Dino em live do JOTA com a Inteligência Financeira

O ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB)
O ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB)

Ex-governador, senador eleito pelo estado do Maranhão e cotado para o ministério em eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino (PSB) sustenta que a forte polarização dos eleitores neste segundo turno da disputa pela Presidência não significa um país rachado pelos próximos quatro anos. O líder político participou de live realizada pela plataforma de notícias jurídicas e políticas JOTA, junto com a Inteligência Financeira, na noite deste sábado (29).

“As razões pelas quais se vota no Lula são diferentes. Há quem vote no Lula porque é de esquerda e há quem vote porque não gosta do presidente Jair Bolsonaro (PL). Tampouco o bloco que vota no Bolsonaro é homogêneo. É um monumental erro de análise achar que metade do país apóia um criminoso dando tiro na polícia ou uma parlamentar querendo matar uma pessoa no meio da rua”, disse Dino, referindo-se aos incidentes envolvendo Roberto Jefferson no domingo passado (23) e Carla Zambelli neste sábado (29). “Depois do segundo turno, as portas e janelas se abrem para quem está dentro da moldura da democracia mesmo votando em Bolsonaro. Se Bolsonaro tivesse o apoio de metade do país, sequer haveria eleição, ele estaria dando um golpe de Estado. Como não tem e não terá, existe espaço para reconstruir nosso país.”

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Engajados nesse esforço devem estar representantes de muitas correntes políticas, na avaliação de Dino.

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“Já em 2003 não foi um governo exclusivamente petista, foi mais amplo. Luiz Fernando Furlan foi ministro, Roberto Rodrigues foi ministro, Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central. A frente política que vencerá amanhã é mais ampla do que a de 2003, por isso o governo também tem que ser mais amplo”, afirmou Dino.

Não quer dizer que a transição para esse novo governo de conciliação será totalmente tranquila. Na opinião de Dino, as primeiras 48 horas após o segundo turno – considerando vitória de Lula – devem ser críticas em termos de institucionalidade, com a possibilidade de “lobos solitários” partidários de Bolsonaro tomando medidas violentas para protestar contra o desfecho do pleito.

O senador eleito também duvida da sinceridade de Bolsonaro quando disse, em entrevista na TV Globo após o debate de sexta (28), que respeitaria o resultado das urnas. “Mas está descartada a participação das Forças Armadas em uma eventual aventura golpista, tanto por causa da frente nacional quanto pelo apoio internacional à democracia no Brasil”, disse Dino.

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