Melhores e piores da bolsa: Telebras (TELB3) tem a maior alta; Positivo (POSI3) e Light (LIGT3) despencam
Veja as ações que mais subiram e as que mais desceram na bolsa nesta sexta (12)
Mudanças no comando da Telebras (TELB3) continuam repercutindo, com amplo impacto no preço das ações na bolsa de valores. A empresa de telecomunicações liderou os ganhos na B3 nesta sexta-feira (12) entre companhias com volume de negociações na casa dos milhões de reais ou acima disso.
Na última quinta, as notícias davam conta de que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, já havia comunicado Jarbas Valente da sua saída da presidência da Telebras. Ele está no comando da empresa desde dezembro de 2020.
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A empresa, que geralmente tem uma movimentação tímida na bolsa, fechou o pregão com volume de negociação em R$ 1,3 milhão e alta de quase 20%, batendo R$ 24,55 para os papéis ordinários (TELB3). Já as preferenciais, tiveram alta de 15,50%, cotadas a R$ 16,46, com volume de 2,56 milhões.
Positivo
A Positivo (POSI3) empresa de tecnologia que produz computadores, celulares e outros gadgets ficou com a maior queda do pregão. A empresa apresentou resultados abaixo do esperado, o que espantou os investidores.
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A empresa vem sofrendo com o sufocamento da indústria de tecnologia no Brasil, já bastante vilipendiada pela falta de investimento. A situação tem se agravado com a resistência do Banco Central em comunicar um arrefecimento da sua política de juros altos.
Juntando cenário macroeconômico com desempenho ruim nos balanços, a empresa perdeu mais de 20% na bolsa. O movimento do mercado fez com que o presidente da empresa viesse a público dizer que está na torcida por uma queda dos juros já na próxima reunião do Copom.
Light confirma RJ e despenca na bolsa
As ações da Light (LIGT3) também estiveram entre as que mais perderam na bolsa nesta sexta. Isso tudo por conta do anúncio do pedido de recuperação judicial feito pela holding que comanda a concessionária de energia, a Light S/A, que vinha sendo ventilado a meses.
Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, lembra que a Light SESA, por ser uma concessionária do setor de energia, está proibida por lei de pedir recuperação judicial, mas que a holding, Light S/A, pode fazer o pedido.
“A empresa provavelmente está fazendo tudo isso para ganhar tempo, para que possa ter o sucesso que deseja com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para então dar um fim melhor para seus passivos financeiros”, diz Bresciani.
O especialista diz ainda que grandes investidores como Nelson Tanure aumentaram posições na empresa porque “provavelmente ele sabe que é uma empresa que tem valor e que, resolvendo essas questões, o preço das ações não deve ficar tão ‘amassado’ como está”, completa o analista do Andbank.
Pedido de RJ polêmico
Fabiano Vaz, sócio e analista de ações da Nord Research, diz que a recuperação judicial será determinante para a existência ou não da Light nos próximos meses. Ele diz que ainda não se sabe se a Justiça aceitará o pedido por conta de um possível entendimento de que a empresa, como dona de uma concessão de serviços essenciais, não teria direito a esse expediente.
Além disso, ele ressalta que a companhia tem problemas estruturais difíceis de resolver. “A Light tem muita perda no Rio de Janeiro, muito maior que na média de outros estados, como São Paulo, Paraná, Minas, problema que está relacionado a questões sociais e que terminam por tirar muita rentabilidade da empresa. Isso se soma aos juros altos atuais e ao mercado de crédito bem restrito”, completa Vaz.
Melhores ações* do dia
- Telebras (TELB3) +19,75%
- Telebras (TELB4) +15,50%
- Locaweb (LWSA3) +12,01%
- Estapar (ALPK3) +9,09%
- Sabesp (SBSP3) +7,26%
Piores*
- Positivo (POSI3) -20,62%
- Light (LIGT3) -17,20%
- Zamp (ZAMP3) -12,05%
- Viver (VIVR3) -11,36%
- BR Properties (BRPR3) -8,49%
*A lista de melhores e piores da bolsa contempla empresas que negociam ações na B3 , dentro ou fora do Ibovespa e outros índices, e que no dia tiveram volume de negociação na casa dos milhões de reais, ou acima disso.