Você sabia que a compra de um imóvel pode te proteger da inflação?
Mas, se você não tem grana para comprar uma casa ainda, a gente te mostra os investimentos que também podem te blindar da inflação
Como se proteger da inflação? Essa é uma dúvida que persegue a maioria dos investidores. Mas como sempre, a gente está aqui para te ajudar nessa. Por isso, hoje, mostramos de que forma o mercado imobiliário pode contribuir nesse processo contra a inflação.
Afinal de contas, os imóveis são considerados ativos que têm seu valor ajustado ao longo do tempo, acompanhando a inflação.
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“Isso ocorre porque os preços de imóveis estão relacionados a fatores como custo de construção, terrenos e demanda do mercado, que sofrem impacto direto da inflação. Além disso, aluguéis, por exemplo, [geram uma renda passiva] e são frequentemente corrigidos por índices inflacionários, como o IGP-M ou o IPCA. O que garante a preservação do poder de compra”, pontua Jonata Tribioli, especialista em investimentos imobiliários.
Como se proteger da inflação com o mercado imobiliário
Sem esquecer que os imóveis são bens tangíveis, com menor volatilidade e maior segurança em comparação a outros investimentos. “A valorização natural de áreas estratégicas e a demanda constante por moradia ou comércio tornam o mercado imobiliário, então, uma alternativa sólida”, considera Tribioli.
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Já de acordo com Caio Cassineli, economista, existem outras razões quando o tema é como se proteger da inflação com o mercado imobiliário. Veja só!
- Diversificação de investimentos: reduz a dependência de outros ativos;
- Garantia de valor: imóveis mantêm valor mesmo em períodos de crise;
- Potencial de apreciação: valorização ao longo do tempo.
Riscos de investir em imóvel como foco em proteção contra a inflação
Mas é claro que nem tudo é benefício. Por isso, é importante saber que existem riscos dentro do tema de como se proteger da inflação por meio do mercado imobiliário.
E um dos principais riscos é a baixa liquidez dos imóveis. Afinal de contas, vendê-los pode levar tempo, especialmente em crises econômicas. “Outro ponto não tão positivo envolve os custos de manutenção, impostos e taxas, que podem reduzir os ganhos. Além disso, em casos de financiamento, um aumento nas taxas de juros pode comprometer a rentabilidade ou gerar dívidas maiores do que o esperado”, argumenta Tribioli.
É hora de se proteger da inflação com imóveis?
Aliás, um ponto extremamente importante e que merece consideração é o momento atual do Brasil com a inflação. Será que é interessante comprar agora um imóvel com foco na proteção contra essa taxa?
E aqui, veja só, temos dois pontos de vistas diferentes.
Isso porque, de acordo com Jonata Tribioli, é uma opção interessante sim. “Mas deve ser feita com planejamento”, acrescenta. Para o especialista, imóveis em boas localizações e com potencial de valorização tendem a oferecer proteção contra a inflação e até mesmo gerar renda passiva ajustada pela taxa.
“No entanto, é importante avaliar as condições econômicas gerais, como os juros, que impactam diretamente os financiamentos. Quem consegue comprar à vista ou com um bom planejamento de longo prazo, encontra no mercado imobiliário uma boa proteção patrimonial”, explica.
Por outro lado, Bruno Corano, economista da Corano Capital, afirma que esse pode não ser um bom momento para se proteger da inflação comprando um imóvel.
“Diferentemente do passado, que você praticamente não tinha produtos financeiros e o governo era ativo de altíssimo risco e nem sempre os próprios títulos do governo cobriam a inflação, hoje você tem ativos financeiros líquidos, seguros e que batem a inflação e que consequentemente batem até os imóveis”, diz o especialista.
Por outro lado, Corano esclarece que se você encontrar uma excelente oportunidade de imóveis, aí sim pode ser uma alternativa. “Mas isso exige muito conhecimento sobre o que está comprando. Além do valor a ser pago e o momento em que você está adquirindo esse bem com foco em se blindar contra a inflação”, comenta.
Cautela sempre
Por isso, segundo Caio Cassineli, é importante fazer três análises antes de decidir, ou não, pela compra do imóvel. O estudo, portanto, deve levar em consideração:
- Avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios desse processo;
- Fazer um bom planejamento financeiro para identificar a sua capacidade de pagamento;
- Realizar uma pesquisa de mercado para entender tendências e preços.
Como se proteger da inflação com outros investimentos
Mas, se você não possui dinheiro suficiente para comprar um imóvel e ainda assim quer saber como se proteger da inflação, saiba que os ativos financeiros podem ser uma boa escolha.
“Por isso, o investidor pode optar por títulos públicos indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+, fundos imobiliários, ações de setores estratégicos que se ajustam à inflação e títulos privados como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)”, afirma Tribioli.
Ainda de acordo com o especialista, os títulos públicos, como o Tesouro IPCA+, garantem uma rentabilidade fixa acrescida da variação da inflação. O que preserva o poder de compra do investidor.
“Já os fundos imobiliários permitem acesso ao mercado imobiliário com custos reduzidos e oferecem rendimentos de aluguéis que acompanham índices inflacionários. Ações de empresas sólidas, especialmente em setores como energia ou commodities, conseguem repassar a inflação para seus produtos ou serviços, protegendo o valor investido. LCIs e LCAs são alternativas seguras, com isenção de Imposto de Renda e costumam ter rendimento atrelado a indicadores econômicos que acompanham a inflação”, explica o profissional.
Por fim, Jonata Tribioli ressalta que a proteção contra a inflação deve ser encarada como parte de uma estratégia diversificada.
“O mercado imobiliário é uma excelente alternativa. Por isso, o planejamento financeiro é fundamental para decidir entre investir em imóveis diretamente ou explorar outras opções que ofereçam rentabilidade real acima da inflação. Para garantir o sucesso, então, é crucial entender o mercado e alinhar as escolhas ao seu perfil e objetivos financeiros”, conclui.