Petrobras não tem previsão de mudar dividendos, atribuição é do conselho, diz CFO

Comentário foi feito diante de perguntas de analistas nesta sexta-feira

Sede da Petrobras no centro do Rio de Janeiro - Foto: Agência Petrobras
Sede da Petrobras no centro do Rio de Janeiro - Foto: Agência Petrobras

Uma eventual alteração na política de dividendos da Petrobras caberia ao Conselho de Administração da empresa, mas não há qualquer previsão para que isso ocorra, afirmou o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo.

Os comentários foram feitos diante de perguntas de analistas nesta sexta-feira sobre quais são os processos para o estabelecimento de dividendos, e em meio a incertezas sobre o que poderia mudar sob uma nova gestão da petroleira que poderá surgir a partir da entrada do novo governo eleito.

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“É uma política de competência do Conselho de Administração, então o conselho na prática ele pode alterar a qualquer momento”, disse Araujo, ao participar de teleconferência com analistas de mercado sobre os resultados no trimestre.

O conselho da empresa aprovou na véspera 43,68 bilhões de reais em dividendos no terceiro trimestre, superando com folga valores anunciados por gigantes do setor no Ocidente, segundo cálculos da Reuters.

Mas a política vem sendo questionada por órgãos como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que avalia que a sistemática da empresa deixa pouco espaço para investimentos.

Procurador pede que TCU suspenda dividendos da Petrobras

Nesta sexta-feira, o procurador de contas junto ao TCU, Lucas Furtado, pediu que o tribunal suspenda imediatamente a distribuição antecipada de dividendos que a estatal aprovou. A empresa quer distribuir os lucros que ainda não foram apurados, dado que o balanço não foi fechado.

Bom lembrar que todo o lucro do primeiro semestre foi já antecipado, agora seria o de antecipar o do terceiro trimestre.

Isso, na prática, tira dinheiro que entraria no caixa do Tesouro da administração Lula para entrar agora no governo Bolsonaro. Furtado diz que há o risco de um prejuízo para as contas públicas. Pede a suspensão e análise sobre a medida em si.

Com informações da Reuters.

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