Oi entra com pedido de proteção contra credores, preparatório para nova recuperação judicial

O primeiro processo de recuperação judicial da Oi durou quase 6 anos e meio e foi encerrado em dezembro do 2022; segundo advogados da empresa, a estrutura de capital da companhia continua insustentável

As ações da Oi despencaram nesta sexta - Foto: Renata Mello - divulgação
As ações da Oi despencaram nesta sexta - Foto: Renata Mello - divulgação

A Oi entrou nesta quarta-feira (1º) na Justiça com pedido de proteção contra credores em caráter preparatório para uma segunda recuperação judicial. A medida processual é a mesma utilizada pela Americanas, que, em 13 de janeiro, obteve proteção de 30 dias contra a cobrança de dívidas por parte dos seus credores.

O primeiro processo de recuperação judicial da Oi durou quase seis anos e meio e foi encerrado em dezembro do ano passado.

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Estrutura de capital insustentável

“Apesar do inquestionável sucesso da primeira recuperação judicial, que, por meio da mudança de seu plano estratégico de atuação, com novo foco de operações voltado a serviços de fibra ótica e incluindo a transferência para outros investidores de parte de seus negócios, permitiu a redução substancial de seu endividamento total, a estrutura de capital da companhia continua insustentável. São, aproximadamente, R$ 29 bilhões apenas em dívidas financeiras”, argumentam os advogados da operadora.

A Oi vinha negociando a reestruturação de sua dívida, mas não conseguiu chegar a um acordo final com seus principais credores financeiros. Conforme destaca em seu pedido à Justiça, a operadora tinha a obrigação de pagar, em curtíssimo espaço de tempo, centenas de milhões de reais relativos a obrigações financeiras.

“O não pagamento de mais de R$ 600 milhões que vencem em 5.2.2023, dentre os quais mais de US$ 82 milhões devidos a título de juros para os bondholders [detentores de bônus], acarretaria o vencimento antecipado da quase totalidade da dívida financeira acima apontada, por conta das cláusulas de vencimentos antecipado e cruzado previstas em seus contratos financeiros”, esclarecem os advogados da Oi no texto.

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