Netflix (NFLX34) reduz preços de assinatura em mais de 30 países; Brasil fica de fora

Preços de assinaturas da Netflix são reduzidos em três países da América Latina, mas Brasil fica de fora do reajuste; companhia teve queda na receita por usuário

Netflix reduz preço de assinaturas na África, América Latina e mais; Brasil fica de fora. Foto: Thibault Penin/Unsplash
Netflix reduz preço de assinaturas na África, América Latina e mais; Brasil fica de fora. Foto: Thibault Penin/Unsplash

A Netflix (NFLX34) reduziu o custo de seu serviço em mais de 30 países nas últimas semanas, enquanto tenta atrair clientes de todo o mundo sob forte competição de uma lista cada vez maior de concorrentes.

Os recentes cortes de preços da empresa de streaming abrangem países do Oriente Médio, Ásia, África, Europa e América Latina. A má notícia para os fãs de streaming brasileiros é de que o Brasil ficou de fora dos cortes de preço da Netflix.

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A Netflix cortou o preço de suas assinaturas nos seguintes países:

  • Bulgária
  • Croácia
  • Equador
  • Eslovênia
  • Filipinas
  • Iêmen
  • Irã
  • Indonésia
  • Jordânia
  • Líbia
  • Malásia
  • Nicarágua
  • Quênia
  • Tailândia
  • Venezuela

Os cortes se aplicam a certos níveis da Netflix nesses mercados — em alguns casos, reduzindo pela metade o custo de uma assinatura.

Os principais serviços de streaming passaram os últimos trimestres divulgando o valor que entregam aos consumidores em relação à taxa mensal que cobram, e vários aumentaram os preços nos Estados Unidos nos últimos meses.

“Isso definitivamente vai contra as tendências recentes não apenas para a Netflix, mas para a indústria de streaming mais ampla”, disse John Hodulik, analista de mídia e entretenimento do UBS Group, sobre os recentes cortes de preços da Netflix. “Alguns desses cortes percentuais são substanciais”, disse ele.

Executivo da Netflix sinalizou alta nos preços

No mês passado, os executivos da Netflix falaram em aumentar — e não diminuir — os preços. Em uma teleconferência de resultados em janeiro, o codiretor-presidente Greg Peters disse que a empresa está procurando lugares onde possa aumentar os preços, o que alimenta investimentos contínuos em conteúdo. “Pensamos em nós mesmos como um bem insubstituível”, disse Peters.

A Netflix enxerga a oportunidade de adicionar novos assinantes em mercados onde não possui uma grande participação, afirmou.

As mudança de preços da Netflix é um sinal de que grandes empresas de streaming ainda enfrentam desafios para definir qual preço oferecerá a melhor combinação de crescimento de assinantes e receita no exterior.

Os consumidores podem escolher entre provedores de cabo locais, serviços de streaming regionais e grandes plataformas globais — como o Globoplay, serviço de streaming da Globo, no Brasil . Grandes empresas, incluindo Disney+, da Walt Disney, HBO Max, da Warner Bros. Discovery, e Paramount+, da Paramount Global, estão todas se expandindo no exterior.

“Sabemos que os membros nunca tiveram tantas opções quando se trata de entretenimento”, e a empresa está empenhada em oferecer uma experiência que exceda suas expectativas, disse uma porta-voz da Netflix. Ela disse que a empresa estava atualizando os preços dos planos em alguns países.

Netflix passa por mudança de estratégia

A Netflix opera em mais de 190 países e territórios e passou grande parte do ano passado se adaptando à crescente concorrência e mudando os hábitos de visualização à medida que os consumidores retornavam aos deslocamentos, viagens e outras atividades que a pandemia suspendeu.

A empresa trabalhou para cortar custos e implementar duas grandes mudanças estratégicas: criar um plano de preço mais baixo com anúncios e exigir que os assinantes que desejam compartilhar suas contas pagassem mais para fazê-lo. A Netflix adicionou assinantes em cada uma das quatro regiões para as quais reporta resultados no último trimestre de 2022, mas sua receita média global por usuário caiu de US$ 11,74 por ano para US$ 11,49 no último trimestre de 2022.

A gigante do streaming lançou no início deste mês as novas restrições de compartilhamento em países como Canadá e Espanha e disse que planeja lançar essas mudanças de forma mais ampla nos próximos meses. Executivos reconhecem que impor imites de compartilhamento é impopular e pode levar a uma alta no cancelamento de contas, embora esperem reconquistá-las com conteúdo de sucesso.

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