Os fabricantes de máquinas e equipamentos fecharam o mês de setembro com receita líquida total acumulada no ano de R$ 198,7 bilhões, queda de 12,8% na comparação anual. Em setembro, o setor faturou R$ 23,6 bilhões, redução de 12,8% sobre o mesmo mês de 2023.
O setor vem acumulando quedas mensais de receita e deve fechar 2024 em terreno negativo quando comparado com 2023. A receita líquida interna em nove meses soma R$ 147,6 bilhões, redução de 17,7%. Somente no mês passado, a queda de faturamento foi de 14,8%, com R$ 16,4 bilhões no total.
Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq, afirmou, durante coletiva de apresentação dos dados, nesta quarta-feira (30), que o último trimestre do ano deve ser melhor do que o mesmo período de 2023.
“O último trimestre é sempre o mais fraco. Ele será pior na comparação com o terceiro deste ano, mas melhor que o mesmo período do ano passado. Com isso, devemos fechar o ano com queda de 7% na receita líquida total, melhorando o acumulado do ano que chega a 12,8% negativo nos três primeiros trimestres”, disse. Para 2025, a entidade trabalha com uma estimativa inicial de alta de 3,5% na receita total.
O consumo aparente caiu 5,2% no ano até setembro, com receita de R$ 269,8 bilhões. Setembro deu um pequeno alívio no consumo aparente, subindo 0,5%, para R$ 31,5 bilhões.
Balança comercial
Com importações em alta e exportações em queda, o saldo da balança comercial do setor no ano, até setembro, ficou negativo em US$ 12,4 bilhões, alta de 25,4% na comparação com os nove primeiros meses de 2023. Em setembro, o déficit foi de US$ 1,3 bilhão, expansão de 30,1% na comparação anual.
As exportações brasileiras de máquinas e equipamentos acumulam US$ 9,6 bilhões até setembro, redução de 7,9%. Somente no mês passado, a queda foi de 12,3%, somando US$ 1,3 bilhão. Já as importações subiram 8,3% até setembro, somando US$ 22 bilhões. Em setembro, as importações fecharam em US$ 2,6 bilhões, alta de 8,3%.
*Com informações do Valor Econômico
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