Morning call: bolsa ainda vai repercutir as decisões de juros da Super Quarta?

Bolsa fechou o dia de ontem em expressiva alta de 2,42%, aos 129.465,08 pontos

Saiba qual ação vai pagar os melhores dividendos, segundo analistas - Foto: Daniel Texeira/Estadão Conteúdo
Saiba qual ação vai pagar os melhores dividendos, segundo analistas - Foto: Daniel Texeira/Estadão Conteúdo

O morning call de hoje começa com uma pergunta: a bolsa, nesta quinta-feira (14), ainda vai repercutir as decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos? A sessão vai indicar isso aos investidores.

Assim, é importante lembrar que a bolsa fechou o dia de ontem em expressiva alta de 2,42%, aos 129.465,08 pontos.

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O dólar, por outro lado, perdeu força contra o real no pregão da bolsa de valores hoje. A moeda norte-americana terminou o dia, então, cotada a R$ 4,9208, queda de 0,92% em relação ao pregão anterior, quando se aproximou de R$ 4,97.

Decisão nos Estados Unidos

Não houve surpresas nos Estados Unidos e os dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) mantiveram a taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano. Trata-se da terceira manutenção seguida, isso após 11 aumentos proporcionados pelo Fed desde março de 2022.

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Em entrevista coletiva após o anúncio, Jerome Powell, presidente do Fed, disse não tirar totalmente da mesa a possibilidade de um novo aumento, mas admitiu que a redução da taxa passa a ser assunto dele e de seus colegas.

“Quando começamos, a primeira questão é quão rápido devemos nos mover – e nos movemos muito rápido. A segunda questão é até que ponto aumentar a taxa básica de juros. E essa é realmente a questão que ainda estamos aqui”, comentou Powell.

“Naturalmente começa próxima pergunta, que é quando se tornará apropriado inciar a reduzir a quantidade de restrições políticas em vigor. Então, essa é realmente a próxima pergunta. E é sobre isso que as pessoas estão pensando e falando”, acrescentou o dirigente.

Decisão no Brasil

No fim do dia de ontem, após o fechamento do mercado por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou sua decisão. E ela indicou uma redução – pela quarta vez seguida – de 0,50 ponto porcentual. Com isso, os juros básicos da economia desceram do patamar de 12,25% para 11,75% ao ano.

Assim, a taxa básica da economia brasileira alcançou o seu patamar mais baixo em 19 meses. A decisão foi unânime. Conforme a sinalização dada pelo Copom no encontro anterior, realizado no dia 1º de novembro, a queda da Selic nesse ritmo já era amplamente esperada pelo mercado.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sinalizou que manterá o ritmo de cortes da taxa básica de juros nas próximas reuniões. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”, diz trecho do comunicado.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta de mais de 1% neste morning call, com o índice Dow Jones renovando a máxima histórica e fechando acima de 37 mil pontos pela primeira vez, apoiadas pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros em até 150 pontos-base em 2024 e seguindo falas do presidente do BC americano, Jerome Powell, de que as discussões sobre relaxamento monetário já iniciaram.

O índice Dow Jones subiu 1,40%, aos 37.090,24 pontos, o Nasdaq fechou em alta de 1,38%, aos 14.733,96 pontos e o S&P 500 avançou 1,37%, aos 4.707,09 pontos.

Bolsas da Ásia

Os mercados acionários da Ásia compartilharam apenas em parte a animação global com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de ontem, após o BC dos EUA manter juros, mas sinalizar cortes em 2024. Houve perdas em Xangai e também em Tóquio, mas a Bolsa de Seul subiu mais de 1% e outras também avançavam, em quadro misto no continente.

Bolsas da China

A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,33%, em 2.958,99 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,55%, a 1.919,91 pontos.

Xangai chegou a mostrar mais força no começo do pregão, na esteira do Fed, porém o impulso não perdurou, com sentimento sobre a China ainda negativo, após uma conferência econômica recente ter desapontado investidores, que aguardavam mais estímulos oficiais.

Entre ações em foco, as ligadas a bebidas recuaram pela segunda sessão seguida, com Shanxi Xinghuacun Fen Wine Factory em queda de 2,6% e Kweichow Moutai, de 1,45%.

Já produtoras de carvão subiram, com Shanxi Lanhua Sci-Tech Venture em alta de 0,6% e Pingdingshan Tianan Coal Mining, de 1,2%.

Bolsa de Tóquio

Na Bolsa de Tóquio neste morning call, o índice Nikkei caiu 0,73%, para 32.686,25 pontos. A força do iene pressionou ações de exportadoras do Japão, entre elas montadoras.

O Nikkei também chegou a subir, mas inverteu o sinal no meio da manhã local, diante do movimento no câmbio. Investidores avaliavam mudanças no gabinete de governo do país, com a saída do ministro da Indústria e do chefe de gabinete.

Mitsubishi Motors, Mazda, Nissan, Subaru e Honda caíram 6,8%, 5,9%, 5,5%, 5,2% e 5,0%, respectivamente.

Bolsa de Seul e Hong Kong

Já em Seul, o índice Kospi avançou 1,34%, a 2.544,18 pontos no morning call de hoje. Ações de fabricantes de baterias, microchips e do setor de internet estiveram entre os destaques, com o apetite por risco apoiado pelo Fed.

Kakao Corp. subiu 6,7% e Kakaopay, 5,9%. LG Energy Solution teve ganho de 3,1% e SK Hynix, de 4,2%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou ganho de 1,07%, para 16.402,19 pontos. Em Taiwan, o Taiex subiu 1,05%, a 17.653,11 pontos.

Oceania

Na Oceania, em Sydney o S&P/ASX 200 fechou em alta de 1,65%, em 7.377,90 pontos. O mercado australiano teve ganhos disseminados, com apoio do Fed.

Ações do setor imobiliário estiveram entre os destaques, e fornecedoras de software e produtoras de ouro, lítio e minério de ferro também subiram.

Com informações da Dow Jones Newswires e do Estadão Conteúdo.

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