A sexta-feira é 13 e o mercado deve operar tranquilo; mas bruxas sempre existem

Mercado segue operando com um olho no pregão do dia e outro nas decisões de juros da próxima semana

Integrantes do Copom, que decidem a taxa Selic no Brasil. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Integrantes do Copom, que decidem a taxa Selic no Brasil. Foto: Raphael Ribeiro/BCB

A sexta-feira é 13, para muitos supersticiosos um dia em que é melhor não se arriscar, quando as bruxas estão soltas. Mas ao que tudo indica, o dia na bolsa de valores deve emular o tradicional fim da semana. Mais para o calmo. É essa a conclusão do morning call de hoje.

Assim, a agência econômica tem como ponto importante a divulgação do IBC-BR, que é o índice de atividade econômica de julho apurado pelo Banco Central. Há expectativa em torno também da divulgação do novo boletim Macrofiscal pelo Ministério da Fazenda. Isso deve ocorrer à tarde.

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Então, o que valeu para a quinta-feira vale para hoje neste morning call.

Dessa forma, a expectativa em torno das novas taxas básicas de juro no Brasil e Estados Unidos devem continuar ocupando espaço nas mesas de operação. Muito embora o mercado já entenda que a taxa deve subir no Brasil. E cair nos Estados Unidos.

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Mas é aquilo que os mais experientes sabem de cor. Muita gente não acredita em bruxas, mas que elas existem, elas existem. E surpresas sempre compõem parte do dia a dia do mercado financeiro.

Fechamento em São Paulo

A elevação dos juros futuros de longo prazo ajudou a empurrar o Ibovespa para o campo negativo na sessão, na contramão da alta registrada pelos índices internacionais.

O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,48%, a 134.029 pontos.

Entre as ações de blue chips, apenas Vale e Gerdau encerraram o pregão em alta, com um avanço de 0,90%, a R$ 58,11 e de 0,16%, a R$ 18,60, respectivamente.

Por outro lado, papéis ordinários da Petrobras recuaram 1,17%, a R$ 40,49, enquanto os preferenciais caíram 1,13%, a R$ 36,87.

Bancos como Itaú, Bradesco e BTG Pactual não escaparam e fecharam o dia em queda de 1,10%, 0,45% e 1,59%, respectivamente, cotados a R$ 36,97, R$ 15,55 e R$ 34,06.

Piora na percepção de risco

A alta dos juros futuros locais foi impulsionada pela piora na percepção de risco no país e teve apoio da subida nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano).

Investidores citaram também a preocupação com dois alertas recentes feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no sentido de que mirar o limite inferior da banda da meta de resultado primário poderá ferir a credibilidade das metas fiscais no Brasil.

Na mínima intradiária, o Ibovespa tocou os 133.591 pontos. Já na máxima intradiária, o valor alcançado bateu os 134.777 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 12,7 bilhões e de R$ 16,7 bilhões na B3.

Morning call: fechamento nos Estados Unidos

Os principais índices acionários de Nova York apagaram as perdas vistas no início do pregão e encerraram o dia em alta, pegando carona no avanço das ações de gigantes de tecnologia, que continuam se recuperando após as quedas recentes.

Assim, os agentes também avaliaram os dados do índice de preços ao produtor (PPI), último relatório de inflação publicado antes da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), que acontece na quarta-feira.

Então, o índice Dow Jones teve alta de 0,58%, a 41.096,77 pontos; o S&P 500 subiu 0,75%, a 5.595,76 pontos; e o Nasdaq avançou 1,00%, a 17.569,68 pontos.

No front corporativo, destaque para as tecnológicas Nvidia, que fechou em alta de 1,92%, a Alphabet, proprietária do Google, subiu 2,34%, e a Meta Platforms ganhou 2,69%. No lado negativo, a Moderna caiu 12,36%, depois que a fabricante de medicamentos anunciou planos para cortar despesas até 2027.

As bolsas da Ásia

As bolsas da Ásia fecharam o último pregão da semana sem direção comum, com queda na Bolsa de Tóquio na medida em que o iene mais forte levou a preocupações sobre os lucros dos exportadores japoneses.

E com os investidores digerindo dados econômicos dos Estados Unidos.

O índice Nikkei 225 do Japão fechou em queda de 0,68% a 36.581,76 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,13% a 2.575,41 pontos.

Então, em Hong Kong o índice Hang Seng avançou 0,75% a 17.369,09 pontos e na China continental o índice Xangai Composto fechou em queda de 0,48% a 2.704,0896 pontos.

No acumulado da semana, a Bolsa de Tóquio avançou 0,53% e a de Seul 1,22%. Dessa forma, a Bolsa de Hong Kong teve queda de 0,43%. E a de Xangai recuou 2,23%.

Dessa forma, a leitura maior do que o esperado no índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos não prejudicou muito o rali de risco. Assim, os componentes que alimentam o indicador de inflação preferido do Federal Reserve, o índice de preços de gastos com consumo (PCE) estavam fracos, diz o analista do IG, Yeap Jun Rong.

“O iene japonês se fortaleceu na sessão de hoje, com o dólar ante o iene de volta aos olhos para sua baixa de dezembro de 2023, o que parece explicar por que os ganhos das ações japonesas ficaram limitados na sessão de hoje”, diz o analista.

”Não se espera que o Banco do Japão (BoJ) faça qualquer movimento nos juros na reunião na próxima semana.”

Bolsa de Xangai

Na Bolsa de Xangai, as ações caíram para perto de seu menor nível de fechamento do ano. Assim, em Hong Kong as ações fecharam em alta apoiadas por papéis de farmacêuticas e de consumo.

As ações de chips caíram amplamente.

Então, a China divulgará no final de semana uma série de dados. Incluindo produção industrial, investimento em ativos fixos e vendas no varejo. Todos esperados para desaceleraram, diz o analista do IG, Yeap Jun Rong.

Com informações do Valor Econômico

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