IF Hoje: Mercado ajusta posições depois de decisões de juros nos EUA e no Brasil

Investidores reavaliam equilíbrio de renda fixa e renda variável na carteira

B3, a Bolsa de Valores brasileira (Foto: Divulgação)

Dia de ressaca no mercado financeiro. Depois da muito esperada decisão de política monetária nos Estados Unidos, os investidores reavaliam suas estratégias nesta quinta-feira (22).

Confirmando as projeções dos analistas, o Fed (Federal Reserve, banco central americano) aumentou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 3%-3,25%, e indicou que mais elevações devem ser feitas. Com essa perspectiva, é preciso estudar o melhor equilíbrio, nas carteiras, de renda fixa e variável. As Bolsas de Valores recuaram no final do dia em Nova York na quarta (21) na reação mais óbvia a esse cenário: quem é menos tolerante ao risco vai abandonar as ações para se refugiar nos títulos do Tesouro americano. Em um segundo momento, os investidores vão examinar com lupa as empresas para entender quais continuam atraentes, ou seja, as que oferecem bom retorno e são mais sólidas. Nesse processo, devem continuar sofrendo as empresas de tecnologia.

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O Brasil também teve uma decisão de política monetária. Mais adiantado do que o Fed no combate à inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) interrompeu o ciclo de aumentos da Selic iniciado em março do ano passado. A taxa básica de juros brasileira está em 13,75% ao ano, maior nível desde novembro de 2016, e, para os economistas, só vai voltar a cair no segundo semestre do ano que vem. No mercado de títulos públicos, a escolha mais fácil é o Tesouro Selic, mas a Bolsa, no nível mais barato dos últimos 20 anos, pode ser atraente também. Só sobre a tradicional caderneta de poupança dá para ter uma opinião mais definitiva: está em defasagem ante a renda fixa e essa desvantagem vai continuar enquanto a Selic não recuar.

Tanto nos EUA como no Brasil, o jogo agora consiste em prever quando a estratégia dos BCs vai mudar: o Fed, parando de aumentar os juros; o Copom, reduzindo a Selic.

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  • 5h – Zona do Euro: Relatório mensal
  • 8h – Reino Unido: Decisão de taxa de juros
  • 9h30 – EUA: Pedidos de seguro-desemprego (semanal)
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