IF Hoje: Mercado foca em Haddad, Campos, Powell e indicadores
Mercado se prepara para a próxima semana que terá indicadores importantes, como taxas de inflação no Brasil e nos EUA
Após a bolsa atingir o patamar de 110 mil pontos na sessão de ontem, suportado pelas notícias vindas do exterior, o mercado mais uma vez ficará de olho nas manchetes estrangeiras, especialmente a respeito dos discursos que os membros do Federal Reserve (banco central americano) farão ao longo da manhã.
Os avanços na negociação para aprovar a elevação do teto da dívida pública dos Estados Unidos beneficiaram as bolsas americanas e deram sustentação ao índice brasileiro, que voltou a ter performance positiva neste ano.
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No decorrer da manhã de hoje, três membros importantes do Fed farão discursos que podem trazer pistas sobre os próximos passos da política monetária americana. A próxima reunião será somente em 14 de junho.
Por volta das 10h (horário de Brasília) o presidente do Fed Nova York, John Williams, falará em evento, seguido pela diretora da autarquia, Michelle Bowman, e pelo presidente da instituição, Jerome Powell, que falará por volta das 12h.
Ambiente interno
O ambiente interno também favoreceu a entrada de dinheiro na bolsa brasileira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou as projeções econômicas que a Secretaria de Política Econômica (SPE) deve soltar na semana que vem, junto com o Boletim MacroFiscal, na próxima segunda-feira.
“A Secretaria está reprojetando o crescimento deste ano para 1,9%”, disse a jornalistas que o aguardavam na sede da Fazenda na capital paulista.
Segundo ele, o primeiro trimestre foi “relativamente bom, surpreendeu economistas, temos condição de fechar o ano na casa de 1,8% a 2,0%”.
Haddad também afirmou que a SPE trabalha agora com uma projeção de inflação de 5,6% para este ano.
No último boletim MacroFiscal, divulgado em março, a SPE havia reduzido a projeção de PIB em 2023 de 2,1% para 5,6%. Já a projeção para o IPCA havia sido ajustada de 4,60% para 5,31%.
Agenda
México tem dados de Vendas no Varejo de março.
Alemanha tem inflação ao produtor em abril.
O Canadá reporta os dados de vendas no varejo de março.
Mercado ontem
O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (18) em alta de 0,59%, aos 110.101 pontos, após ter iniciado no vermelho e rompido a barreira somente na última hora do pregão. O dólar operou forte em todos os mercados globais e fechou em alta de 0,68%, a R$ 4,9674.
O movimento se deu em meio à atenção dos investidores com as negociações do teto da dívida nos Estados Unidos, enquanto no cenário doméstico o foco segue sendo o desenrolar para a aprovação do novo marco fiscal.
Leandro Petrokas, diretor de research da Quantzed, afirmou que sendo resolvido esse problema, com o governo americano aumentando a dívida para não parar a máquina, acredita-se que poderemos ver um fortalecimento maior do dólar.