IPCA: alimentos puxam alta da inflação em janeiro de 2024; passagens aéreas caem após disparada de preços

O IPCA subiu 0,42% em janeiro; já a inflação em 12 meses desacelerou a 4,51%

Vejas os destaques do IPCA de janeiro de 2024. Foto: Getty Images
Vejas os destaques do IPCA de janeiro de 2024. Foto: Getty Images

O IBGE informou nesta quinta-feira (8) que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) variou 0,42% em janeiro de 2024. Assim, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,51%

Em dezembro de 2023, o índice subiu 0,56%. Enquanto a taxa somada em um ano estava em 4,62%.

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Os números do IPCA hoje vieram acima das expectativas dos agentes financeiros. Afinal, pelas medianas de projeções do Broadcast, o mercado estimava uma variação de 0,35% no mês, com a inflação em 12 meses baixando a 4,43%.

Já considerando a meta de inflação para 2024, com o centro em 3% e o teto em 4,5%, o dado ficou levemente acima do limite.

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O que puxou o IPCA de janeiro

Pelos números apurados pelo IBGE, a alta no primeiro mês de 2024 foi influenciada especialmente pelo aumento de 1,38% de alimentação e bebidas. Esse grupo, vale lembrar, tem o maior peso no indicador (21,12%).

Simultaneamente, os alimentos também exerceram o maior impacto sobre o índice geral em janeiro (0,29 ponto percentual).

Por que subiu tanto?

Essa foi a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).

“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

Nesse cenário, prossegue Almeida, a alimentação no domicílio também ficou mais cara (1,81%).

Sobretudo influenciada pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou frente a dezembro (0,53%), com as altas menos intensas do lanche (0,32%) e da refeição (0,17%).

Alívio nas passagens aéreas

Na sequência, o IBGE anotou que transportes registrou deflação de 0,65%. Esse é o segundo grupo de maior peso no IPCA (20,93%).

“O maior impacto individual veio das passagens aéreas, que tinham subido em setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado e caíram 15,22% em janeiro”, comenta o gerente.

Contudo, nos quatro últimos meses de 2023, houve uma alta acumulada de 82,03% nos bilhetes aéreos.

Adicionalmente, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%).

Mais destaques do IPCA

Ainda conforme o IBGE, no grupo de saúde e cuidados pessoais (0,83%), houve aumento em higiene pessoal (0,94%), com as altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%).

Outros itens de destaque foram o plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%).

Por fim, a alta do grupo de habitação (0,25%) foi impulsionada pelo aumento nos preços da taxa de água e esgoto (0,83%) e do gás encanado (0,22%).

Enquanto a energia elétrica residencial (-0,64%) teve queda.

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