IPCA: inflação sobe 0,23% em agosto puxada por alta na conta de luz; alimentação tem terceiro recuo seguido

A taxa em 12 meses avançou a 4,61% depois de ter ficado em 3,99% em julho

Torres de transmissão de energia elétrica - vale a pena comprar ações do setor agora? - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Torres de transmissão de energia elétrica - vale a pena comprar ações do setor agora? - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta terça-feira (12) que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,23% em agosto depois de ter variado 0,12% em julho.

Agora, a taxa acumulada em 12 meses da inflação oficial brasileira avançou a 4,61% ante 3,99% da leitura do mês anterior.

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Os resultados, assim, ficaram abaixo das expectativas dos agentes financeiros. É o que indicam as Projeções do Broadcast, que estimavam uma alta mensal de 0,28% e uma expansão a 4,66% no acumulado em um ano.

O que pressionou o IPCA em agosto?

O IBGE destaca que, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês. Aliás, o maior impacto positivo (0,17 ponto percentual) e a maior variação (1,11%) vieram de habitação.

Nele, o destaque ficou por conta do subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.

O encarecimento foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu.

“Referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, explica o gerente do IPCA/INPC, André Almeida.

Em seguida, o grupo saúde e cuidados pessoais (0,58%) foi o segundo maior impacto positivo, contribuindo com 0,08 p.p. no índice geral.

O IBGE explica que o que puxou a aceleração foi a alta em higiene pessoal, passando de -0,37% em julho para 0,81% em agosto.

Além disso, também houve alta nos preços dos produtos para pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%).

Outra variação positiva foi observada no grupo de transportes (0,34%). Nele, a gasolina continuou sendo o maior peso, com alta de 1,24% e impacto de 0,06 p.p. no índice geral.

A alta nos preços do automóvel novo (1,71% e 0,05 p.p.) também foi destaque.

Já as passagens aéreas, após a subida de 4,97% em julho, registraram queda de 11,69% em agosto.

Inflação de alimentos segue em queda

Considerando as baixas, o grupo de alimentação e bebidas (-0,85%) apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, em grande parte devido ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%).

Nesse sentido, destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,92%), do feijão-carioca (-8,27%), do tomate (-7,91%), do leite longa vida (-3,35%), do frango em pedaços (-2,57%) e das carnes (-1,90%).

Por fim, a alimentação fora do domicílio (0,22%) registrou variação próxima a do mês anterior (0,21%), em virtude das altas do lanche (0,30%) e da refeição (0,18%).

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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