Investir é sobre detalhes: como escolher um ETF?
Apenas recentemente esta forma de investimento está ganhando tração no Brasil
Podemos dizer que muito tem sido feito sobre a democratização dos investimentos no Brasil. Notam-se avanços em diversas frentes relacionadas ao tema, que acabam por gerar um impacto positivo na sociedade e indivíduos que passam a investir de forma mais eficiente, alinhados aos seus objetivos.
Examinando o avanço dos ETFs no mercado brasileiro verificamos que apesar de terem sua estreia por aqui há quase 20 anos, apenas recentemente esta forma de investimento está ganhando tração. Apesar dos quase 100 ETFs listados e disponíveis aos investidores, a soma de recursos destas estratégias não passa de 1% do total da indústria de investimentos, representando apenas cerca de R$ 50 bilhões.
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Panorama diferente no mundo
No mundo o panorama é diferente, os ETFs atingiram um novo recorde pois são aproximadamente US$ 10,32 trilhões, tendo como destaque o mercado americano, que representa 70% deste volume.
Chama a atenção que este volume segue apresentando crescimento vigoroso, apesar do tamanho já representativo, mostrando que a maior parte dos novos recursos (no mundo) segue sendo alocado em ETFs.
Importante notar que no mercado americano existem mais de 1.800 ETFs, induzindo uma pergunta relevante: quais os pontos e/ou aspectos relevantes que o investidor deve analisar para escolher um ETF?
Como escolher um ETF?
Isso é fundamental, pois uma oferta crescente de ETFs sem a devida educação financeira e explicação de quais ângulos são pertinentes na escolha deste, acaba por atrapalhar mais do que ajudar, afinal, investir bem está nos detalhes.
Assim, errou quem achou que o melhor ETF será sempre o mais barato, existem outros pontos também importantes para embasar essa escolha
Partindo da hipótese que um ETF em discussão faz sentido para o seu portfólio de investimentos, o ponto inicial refere-se a escolha do gestor, pois gestão indexada não é algo corriqueiro, uma vez que demanda especialização, comprometimento e investimento em capital humano e tecnológico.
Mas como avaliar essa gestão? Ao investir em um ETF você está buscando algo que replique um índice da forma mais fidedigna, então, avalie o descolamento entre o ETF e o índice de referência. Quanto menor for essa distância, melhor está sendo a capacidade do gestor em fazer o que você espera.
Aspecto importante do ETF
Outro aspecto relevante diz respeito a capacidade do ETF de gerar renda alugando os ativos que compõe a sua carteira. Existe a possibilidade de alugar esses ativos e ser remunerado por isso, dessa forma, quanto maior for o limite de aluguel e a eficiência na doação, maior será a receita impactando positivamente o retorno do ETF e em alguns casos até’ mais do que compensando a taxa de administração paga.
Os ETFs que cuidam de seu ecossistema, em geral, têm um formador de mercado, uma instituição especializada no fomento de liquidez a qual consegue prover preços de compra e venda ao longo do dia, possibilitando de forma eficiente a entrada ou saída de investidores.
Para isso, avalie o chamado spread entre compra e venda tanto em termos nominais quanto em termos percentuais.
Vale reforçar que a chamada liquidez de tela é apenas uma das formas de auferir a liquidez de um ETF, devendo também ser considerada a liquidez dos ativos que compõe o ETF, e representam sua liquidez potencial.
Analise a composição do ETF para entender sua concentração: uma das características que buscamos nessas estratégias é a diversificação. Sendo assim, identifique por exemplo ativos que possuem peso acima de 15% ou mesmo grupo pequeno de ativos que podem representar 50% do portfólio.
Claro, analise as diferenças entra as taxas de administração, mas como colocado anteriormente, não foque apenas no mais barato pois afinal, como diz o dito popular, o barato pode sair caro.