Fintech Liqi lança corretora de criptomoedas

CEO destacou que meta da startup é alcançar 5% do mercado de criptomoedas no Brasil

Ethereum funcionava a partir da "mineração", um método de cadastro e validação de operações informáticas que consome muita energia. Ilustração de criptoativos. (Foto/Arte: Pixabay)
Ethereum funcionava a partir da "mineração", um método de cadastro e validação de operações informáticas que consome muita energia. Ilustração de criptoativos. (Foto/Arte: Pixabay)

Os primeiros frutos da capitalização de R$ 27,5 milhões recebida pela Liqi em janeiro começam a surgir. O passo inicial nessa nova fase da startup, que atua como plataforma de ativos digitais em blockchain, foi lançar uma corretora de criptomoedas.

A Liqi atua com a digitalização e negociação de ativos digitais, como recebíveis e NFT. Segundo o CEO, Daniel Coquieri, “montei a Liqi como meus sócios Persio Flexa e André Montenegro em abril de 2021 para aproximar o mercado financeiro da tecnologia do blockchain”.

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O executivo explica que a fintech passou a atuar na “tokenização”, ou seja, a digitalização por meio do blockchain de ativos financeiros tradicionais. “Estamos com oferta de um token lastreado em recebíveis de cartões de crédito”, cita como exemplo dos produtos. “Os tokens têm, em geral, amortizações mensais, em que o investidor vai recebendo o dinheiro aportado mais o prêmio [juros].”

De acordo com Coquieri, a plataforma já lançou 8 operações de tokenização, a maioria com lastro em recebíveis.

O investimento de série A recebido no início do ano foi liderado pelo Kinea Investimentos — Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco — e teve participação da Oliveira Trust e Honey Island Capital. Com a rodada, a Liqi passou a ser avaliada em R$ 100 milhões.

Com os recursos em mãos, o grupo passou a priorizar a expansão da carteira de ativos disponíveis para negociação. A primeira “vertical”, além dos tokens de recebíveis, serão as criptomoedas.

“Dentro do nosso perfil de negociação de ativos digitais era natural que colocássemos também criptomoedas”, diz o CEO da Liqi. A startup passou a negociar desde o último fim de semana divisas digitais além dos tokens.

“Nossa meta em criptomoedas é alcançar 5% do mercado no Brasil”, afirma o CEO da Liqi. Coquieri explica ainda que os planos da empresa incluem expandir a carteira de ativos nos próximos meses. “Até maio a gente abre a vertical de NFT e até junho a de DeFi”, diz.

NFT é a sigla em inglês para “non-fungible token”, um tipo de chave criptográfica usada de forma única, ou seja, que vai representar um único ativo, contrato ou peça. Por isso, o NFT tem sido muito utilizado na digitalização de obras de arte e itens colecionáveis.

Já o DeFi, acrônimo de “decentralized finance”, é um protocolo em blockchain que permite criar operações financeiras, como crédito e empréstimos de ativos. O foco dessa tecnologia está nas transações financeiras, de modo análogo ao que as criptomoedas representam em termos de dinheiro digital descentralizado.

A plataforma da Liqi é voltada para as negociações diretas, “para aqueles clientes que querem comprar tokens”. Conforme Coquieri, “nosso objetivo sempre foi o de aproximar o mercado financeiro dessa tecnologia [blockchain]”.

A ideia da startup é também criar um ambiente de negociações de tokens já emitidos. “Vamos ainda abrir a plataforma de negociação do secundário”, diz.

 

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