Usiminas abre temporada de balanços nesta quarta-feira; veja o que esperar da companhia

Siderúrgicas devem ser impactadas por queda dos preços do aço, mas mineradoras devem surfar em alta do minério

Ações de mineradoras de lítio sobem - Foto: Divulgação
Ações de mineradoras de lítio sobem - Foto: Divulgação

As empresas brasileiras começam a divulgar seus resultados do primeiro trimestre de 2022 nesta quarta-feira (20). A siderúrgica Usiminas abre a temporada, sendo a única a publicar um balanço já nesta semana.

Algumas análises de empresas já adiantaram prévias, o que é normal no mercado e em geral são companhias que querem antecipar resultados positivos. Quanto a Usiminas, as projeções para os resultados da siderúrgica – e de todo o seu setor – não são das mais otimistas.

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“Os resultados da Usiminas devem ser prejudicados por uma queda sequencial nos preços do aço, que mais do que compensa os volumes ligeiramente maiores de venda e o resultado mais forte na divisão de mineração”, abre o Itaú BBA sobre a companhia.

Os analistas Daniel Sasson, Edgart de Souza, Marcelo Palhares e Barbara Soares comentam que as vendas de aço da Usiminas no Brasil, apesar de terem crescido 2% em volumes na base trimestral, serão impactadas pelo fato de os preços terem caído 5% na mesma comparação.

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Opinião parecida tem o Bradesco BBI. Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Bardem, que assinam o relatório do banco, além de citarem a queda dos preços cobrados pela Usiminas, apontam também para o fato de que os custos da companhia devem aumentar, com o carvão, utilizado nas siderúrgicas, mais caro, bem como por conta da valorização do Real. É esperada já alguma pressão nas margens, apesar de ser aguardado um impacto maior nesta frente a partir do segundo trimestre.

Com tudo isso, o Itaú BBA vê o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Usiminas caindo 6% na base trimestral, para R$ 1,7 bilhão, com a margem saindo de 22,8% entre outubro e dezembro do ano passado para 22,2%. O Bradesco BBI, por sua vez, vê o Ebitda em R$ 1,4 bilhão, queda de 25% em relação àquilo registrado no fim de dezembro último.

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