Febraban avalia como ‘insuficiente’ aumento no teto de juros do consignado INSS

Taxa, que subiu de 1,66% para 1,80%, não cobrira despesas relacionadas à concessão da linha

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que a elevação do teto de juros do consignado INSS, de 1,66% para 1,80%, decidida nesta quinta-feira pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), é insuficiente.

Segundo a entidade, “a falta de racionalidade econômica na fixação do teto do INSS tem prejudicado o atendimento daqueles que apresentam maior risco, com idade elevada. Bem como operações para aposentados que recebem benefícios em valores menores”.

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Para os banco, o limite de 1,80% ainda é economicamente inviável. Pois não suporta a estrutura de custos da linha de consignado do INSS. E não permitirá que as instituições financeiras consigam atender a toda a demanda de crédito.

“A elevação do teto de 1,66% para 1,80% não será suficiente para absorver os custos das várias despesas relacionadas à concessão dessa linha. Principalmente o custo de captação, que se elevou de forma expressiva com a alta da Selic e a forte abertura da curva futura de juros, no mesmo período em que, de forma artificial, o teto do INSS teve várias quedas sucessivas.”

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Juros do consignado

Então, a entidade lembrou que o Banco Central determina que nenhum produto financeiro pode ser ofertado abaixo de seu custo efetivo. Assim como argumentou que o novo teto ainda manterá a linha de consignado do INSS com rentabilidade negativa para a maior parte das faixas etárias do público elegível.

Dessa forma, ela aponta ainda que as concessões dessa modalidade têm se reduzido mensalmente e o último mês de dezembro foi o pior nos últimos três anos. Isso com queda de 27% na concessão em relação à média mensal de janeiro a novembro de 2024.

“Caberá a cada instituição financeira, diante de sua estratégia de negócio, avaliar a conveniência de concessão do consignado para os beneficiários do INSS no novo teto de juros fixado pelo Conselho de Previdência. A Febraban continuará buscando demonstrar que, na prática, as definições do teto de juros, sem racionalidade técnica, estão tendo efeito danoso para a camada mais vulnerável desse público do INSS”, afirma a nota.

Com informações do Valor Econômico

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