Moody’s diz que aumento de limites do consignado é positivo para bancos

Medida estimula o crescimento de linhas de menor risco, aponta a agência

Foto: Rafael Henrique/Reuters
Foto: Rafael Henrique/Reuters

A agência de classificação de risco Moody’s afirma que o aumento do limite para a concessão de empréstimo consignado é positiva para os bancos. “De um modo geral, o aumento das margens de consignação tem uma implicação positiva para os bancos brasileiros, estimulando o crescimento de linhas de menor risco e taxa de juros menores, reduzindo o custo de crédito”, afirma, em nota, Lucas Viegas, vice-presidente da Moody’s Investors Service.

“Já o consignado com benefícios sociais, pelas próprias características, está mais alinhado à estratégia dos bancos públicos, que detêm a base dos beneficiários e têm uma função de promover a inclusão financeira destes consumidores”, acrescenta Viegas.

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Ele destaca que o consignado para beneficiários desses programas, como o Auxílio Brasil, tem um risco de crédito e também um risco regulatório maior do que o consignado tradicional, “por estar atrelado ao um benefício social, e todas as questões relacionadas, inclusive a falta de histórico financeiro do beneficiário, na grande maioria dos casos, o que torna muito complexa a gestão do produto”.

Como o publicou o Valor nesta sexta-feira, o aumento dos limites do crédito consignado, contido na lei sancionada na noite da quarta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda está sob análise bancos, mas prevalece entre eles um tom de cautela com a medida num momento delicado para a economia. Já a possibilidade de oferecer empréstimo atrelado a benefícios sociais é rechaçada pela maioria das instituições privadas.

Também nesta sexta-feira, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., disse que o banco entendeu que . “Como é de taxa de juros muito alta, como é uma operação em que as pessoas terão o auxílio por período definido, nós entendemos que é melhor não operar na carteira, pois estamos falando de vulneráveis”, afirmou.

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