Mercado vê chance de corte mais agressivo nos juros dos EUA
Economistas e agentes financeiros passaram a precificar maior probabilidade de um corte mais agressivo, de 0,50 ponto percentual, na taxa de juros nos Estados Unidos
O mercado passou a precificar maior probabilidade de um corte mais agressivo, de 0,50 ponto percentual, na taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) nesta semana, enquanto as chances de uma redução mais suave de 0,25 ponto perderam força.
Segundo os futuros dos Fed Funds, compilados pelo CME Group, a aposta em uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa de juros na decisão de quarta-feira subiu para 59%, de 50% no dia 13 de setembro. A possibilidade de um corte de 0,25 ponto caiu de 50% para 41%.
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Além da magnitude do corte, o mercado vai olhar as projeções dos membros do Fed e acompanhar a coletiva do presidente Jerome Powell.
O conjunto de informações balizará as expectativas para as próximas reuniões. Em suma, deve mostrar qual vai ser o ritmo do ciclo de queda dos juros.
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Decisão de juros no Brasil
O comitê de política monetária brasileiro (COPOM) anuncia também na quarta-feira a nova Selic . O mercado também aposta em 0,25 ponto percentual.
No entanto, para a retomada da alta dos juros.
Sobretudo a expectativa de inflação desancorada e a pressão do dólar contra o real embasam o cenário de aperto adicional da taxa.
Assim como o mercado de trabalho aquecido e o crescimento do PIB acima do esperado até aqui em 2024.
Dessa forma, parte dos agentes até considera que há espaço para um aumento maior, de 0,50.
O que mostraria um Banco Central firme no compromisso de levar o IPCA à meta de 3%. Bem como ajudaria a ancorar as projeções de inflação ao longo do horizonte.
Por um lado, tem uma pimenta no panorama para a Selic.
A inflação corrente segue comportada. Os preços de commodities em dólar estão recuando. E o Fed ainda vai baixar os juros.
Assim, a manutenção dos juros em 10,50% não pode ser completamente descartada.