Mercado financeiro está satisfeito com agenda econômica de Lula?

Pesquisa da Genial/Quaest ouviu 82 profissionais das maiores casas de investimento de São Paulo e Rio de Janeiro

O presidente Lula em reunião no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula em reunião no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A política econômica do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva caminha na direção errada. Essa é a percepção de 98% dos executivos do mercado financeiro entrevistados em pesquisa da Quaest contratada pela Genial Investimentos e divulgada nesta quarta-feira. Para 90% das pessoas ouvidas, a política fiscal não vai gerar sustentabilidade da dívida pública.

O levantamento apurou ainda que 90% consideram o trabalho de Lula negativo e 10%, regular. Em relação à atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 10% acham positiva, 52%, regular, e 38%, negativa.

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A pesquisa também questionou os entrevistados sobre inflação. Para 68%, o governo não está preocupado em controlar a alta de preços, e 32% pensam o oposto. Além disso, 36% esperam uma inflação acima de 6% neste ano, e 33%, abaixo desse patamar. Para 22%, a inflação ficará em 6%.

A primeira edição da sondagem “O que pensa o mercado financeiro”, da Genial/Quaest, ouviu 82 profissionais das maiores casas de investimento de São Paulo e Rio de Janeiro. A maioria desses profissionais – 90% – considera negativa a relação do governo Lula com o Banco Central e apenas 7% têm expectativa de que esse relacionamento possa melhorar.

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Sobre o novo arcabouço fiscal que está prestes a ser anunciado pelo ministro Haddad, os entrevistados avaliaram que controle de gastos/despesas, com 32%, deve ser contemplado no novo desenho, bem como gatilho/punição em não cumprimento e estabilização da dívida pública, ambos com 12% das respostas.

Questionados sobre as expectativas para os próximos meses, 73% acreditam que haverá recessão e 78%, que a economia vai piorar. Esses profissionais também estão pessimistas em relação aos investimentos externos: 42% dizem que vão diminuir e 38%, que ficarão no mesmo patamar. Apenas 20% acreditam que vão aumentar.

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