Melhores resultados em renda fixa/DI são dos grandes bancos
Fundos oferecem baixa taxa de administração, não cobram taxa de performance e têm como objetivo bater o CDI com aplicação em títulos públicos atrelados à Selic e ativos de crédito privado de baixo risco
Fundos oferecem baixa taxa de administração, não cobram taxa de performance e têm como objetivo bater o CDI com aplicação em títulos públicos atrelados à Selic e ativos de crédito privado de baixo risco
Os grandes bancos foram responsáveis por oito dos dez fundos mais rentáveis de renda fixa/DI listados no “Guia Valor de Fundos de Investimento”. São três produtos do Itaú, três da CEF, um do Santander e outro do Bradesco, com apenas dois de gestoras independentes, o que reforça o perfil conservador dos clientes dos bancos tradicionais.
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Em comum, os fundos dos grandes bancos oferecem baixa taxa de administração – que varia entre 0,15%/ano a 0,4%/ano -, não cobram taxa de performance e têm como objetivo bater o CDI por meio da aplicação em títulos públicos atrelados à Selic e ativos de crédito privado de baixo risco.
No caso do fundo Warren Tesouro Selic, estrategicamente sequer é cobrada taxa de administração, devido ao modelo de negócio da gestora Warren Brasil, que por ser também corretora e administradora, cobra uma taxa mensal de seus clientes pelo acompanhamento de seus investimentos. Lançado em outubro de 2016, o fundo conta com mais de 30 mil cotistas e tem uma rentabilidade acumulada de 94,6% desde então. “Desde o 1º semestre optamos por Letras Financeiras do Tesouro [LFTs] com vencimento entre 2023 e 2024 para evitar solavancos do mercado e garantir liquidez aos investidores”, afirma Bruno Martins, gestor de renda fixa da Warren Administradora de Recursos.
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Segundo Fernando Cavallete, analista de portfólio da Itaú Asset Management, o quadro é favorável aos investidores para 2022. “Com a perspectiva de uma Selic maior no próximo ano aliada à nossa estratégia de gestão ativa na escolha de títulos de crédito privado, a rentabilidade líquida permanecerá acima do CDI, com baixo risco”, afirma.
Nos últimos 36 meses (com data de corte em 30/09), o Itaú Private RF Referenciado DI Exclusive FICFI apresentou rentabilidade nominal de 12,87%, equivalente a 96,45% do CDI. No mesmo período, o fundo Itaú Personallité Privillège RF REF DI FIC FI, voltado para os clientes de alta renda do Personnalité, rendeu 13,04%, que representa 97,7% do CDI. Por sua vez, o Itaú Soberano RF Simples LP FICFI, para clientes do atacado, obteve rentabilidade de 12,74% nos últimos 36 meses, o que equivale a 96,94% do CDI. Tanto o fundo Exclusive como o Soberano contam com mais de dez anos de vida enquanto o Privillège foi lançado em 2016.
Responsável pela gestão dos fundos Caixa Especial FIC FI RF LP, Caixa Top FIC FI RF REF DI LP e Caixa Mega FI RF REF DI LP (voltado para investidores qualificados), a CEF espera encontrar em 2022 um ano desafiador, em razão da expectativa da elevação das taxas de juros nos EUA e no cenário eleitoral brasileiro, segundo a assessoria de imprensa do banco.
Considerado pela gestora como de médio risco, o FIC Especial aloca parte de seus recursos em títulos de renda fixa prefixados e índices de preços, beneficiando-se, nos últimos 36 meses das baixas taxas de juros, o que propiciou rendimentos de 107% do CDI. Já o FIC Top é classificado como de baixo risco e está concentrado em títulos públicos pós-fixados. Nos últimos cinco anos, registrou rentabilidade de 33,68% ante 34,1% do CDI.