Itaú projeta Selic maior em 2023: ‘Cortes de juros ainda parecem distantes’

Banco avalia que a autoridade monetária deve 'evitar ações precipitadas'

Fachada da sede do Banco Central, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters
Fachada da sede do Banco Central, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters

Em relatório divulgado nesta quinta-feira (11), o Itaú Unibanco revisou a sua expectativa para a Selic no final de 2023. O banco passou a ver a taxa básica de juros em um patamar mais elevado: 11% ante 9,75% ao ano do cenário anterior.

Para 2022, a instituição financeira reiterou a perspectiva de fim do ciclo de aperto monetário.

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“Apesar da possibilidade de um ajuste residual (de 0,25 ponto percentual), acreditamos que o Copom dará por encerrado o ciclo de alta em sua decisão de setembro com a taxa Selic em 13,75% ao ano”, destaca o Itaú.

“Deve pesar nessa direção a leitura de que é necessário ter cautela em razão do estágio avançado do ciclo e porque seus impactos acumulados ainda devem se materializar”, acrescenta.

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“Para 2023, passamos a esperar uma queda mais lenta dos juros, ao longo do segundo semestre, para 11% ao ano em dezembro”, indica o banco.

“Anteriormente, projetávamos cortes mais profundos que levariam a taxa Selic a encerrar o ano em 9,75% ao ano. Considerando o estado das expectativas de inflação, a persistência da inflação de serviços, bem como os riscos em torno das contas públicas, acreditamos que a autoridade monetária optará por reduzir os juros de forma cautelosa, evitando ações precipitadas”, completa.

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