É hora de comprar fundos imobiliários de tijolo? O Itaú BBA diz que sim
Também há oportunidades para fundos de papel que sofreram com a deflação, diz analista
O Itaú BBA aumentou sua exposição a fundos de tijolo a partir do segundo semestre. Larissa Nappo, analista de FIIs do banco de investimentos, afirma que os fundos imobiliários ativos como shoppings, galpões e lajes corporativas vem puxando no ano a alta do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), o que pode continuar após um novo “gatilho”. Isso ocorreu, segundo ela, logo antes do ciclo de queda da Selic.
Mas, segundo Nappo, há oportunidades para fundos de papel que sofreram com a deflação. A queda no IPCA levou à desvalorização no patrimônio desses fundos, o que leva a descontos no setor, “algo que não é muito comum”, diz. Para os FIIs de tijolo, a especialista aponta que os imobiliários de shopping são o grande destaque.
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Com a virada do primeiro semestre de 2023, o Itaú BBA aumentou sua exposição a fundos imobiliários de tijolo “gradualmente” na carteira de recomendações. A participação dos FIIs de tijolo foi a 60% ante 55%. Larissa Nappo detalha como esta parcela está dividida no momento:
- 30% em galpões
- 15% em lajes corporativas
- 7,5% em ativos de renda urbana
- 7,5% em shoppings
Três recomendações de fundos imobiliários
Nappo elenca que, de uma carteira de 12 fundos recomendados pelo Itaú BBA, o investidor deve sempre diversificar sua própria seleção.
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A especialista aponta três oportunidades de investimento para se ficar de olho até o final do ano. Para ela, o fundo Kinea Índice de Preços (KNIP11) está com as cotas descontadas em relação ao valor patrimonial dos CRIs. Com a deflação, o rendimento dos títulos do fundo ligados ao IPCA caiu.
Em seguida, Larissa recomenda o investimento em dois fundos de tijolo, presentes na carteira do Itaú BBA. O primeiro deles é o fundo de galpões logísticos da Bresco (BRCO11). Ela aponta que os ativos geridos pela gestora têm “qualidade técnica” suficiente para uma tese de investimento de longo prazo.
Por fim, ela cita o fundo de lajes corporativas VBI Prime Properties (PVBI11). Mesmo fazendo parte de um setor amplamente descontado, a especialista afirma que o fundo não tem suas cotas descontadas em relação ao valor patrimonial. “São escritórios sem taxa de vacância e bem localizados”, dois dos critérios essenciais para a seleção de fundos de tijolo, conclui Nappo.
Evento em São Paulo
Larissa participou de evento em São Paulo, promovido pela Inteligência Financeira, sobre fundos imobiliários. O evento ocorreu na Arena B3, no Centro da capital. Após realizar uma masterclass sobre o assunto, a especialista participou de um bate papo com Gabriel Navarro, influencer de finanças e colunista da Inteligência Financeira. A conversa foi mediada pelo jornalista Renato Jakitas.
Gabriel, por sua vez, contou que aproveitou a alta dos fundos imobiliários de shoppings em 2023 e disse ainda que começou a jornada pensando em como poderia ser proprietário de parte de um imóvel de uma grande empresa. O colunista ainda contou que tem uma carteira de fundos imobiliários atualmente.