IPCA registra inflação de 1,25% em outubro, acima de todas as expectativas
Estimativas dos especialistas iam de 0,9% a 1,2%; é a maior inflação para um mês de outubro desde 2002
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 1,25% em outubro, segundo informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta quarta-feira (10). Com aumento de 0,09 ponto percentual em relação a setembro, é a maior inflação para um mês de outubro desde 2002, quando havia ficado em 1,31%.
As expectativas dos especialistas estavam muito diversas: iam de 0,9% a 1,2%, com mediana de 1,05%, segundo levantamento da agência de notícias Bloomberg. O índice superou, portanto, todas as expectativas dos economistas.
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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete subiram em outubro (veja abaixo), com destaque para os transportes (2,62%), principalmente por conta dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,19 ponto percentual). Aceleraram os preços das passagens aéreas (33,86%) e do transporte por aplicativo (19,85%),
Os preços avançaram no grupo dos alimentos e bebidas (1,17%), segunda maior contribuição (0,24 p.p.) no IPCA. A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro, principalmente por conta do lanche (1,31%). A refeição (0,74%), por sua vez, desacelerou frente ao resultado de setembro (0,94%).
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No grupo habitação (1,04%), houve desaceleração, mas ainda com peso da energia elétrica (1,16%). O gás de botijão (3,67%) subiu pelo 17º mês consecutivo em outubro, acumulando um encarecimento de 44,77% desde junho de 2020.
No ano, o IPCA acumula alta de 8,24%, e, nos últimos 12 meses, de 10,67%, acima dos 10,25% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a variação mensal foi de 0,86%.
Com reportagem de Denyse Godoy e Lucas Andrade