Inflação: IPCA-15 sobe 0,76% em fevereiro, acima do esperado, com pressão de educação e habitação

Taxa em 12 meses ficou em 5,63%, também pior que as projeções dos agentes financeiros

(Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)
(Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (24) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou alta de 0,76% em fevereiro de 2023, após subir 0,55% em janeiro. O resultado ficou acima do esperado pelo mercado. A mediana das projeções de 32 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava para uma alta de 0,72%.

No acumulado em 12 meses, a prévia da inflação ficou em 5,63%, também pior que as previsões. A expectativa dos agentes financeiros, conforme o Valor Data, era de uma taxa de 5,59% no acumulado em um ano.

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Destaques do IPCA-15 de fevereiro

A maior variação e o maior impacto do mês, segundo o IBGE, vieram de educação, com 6,41% e 0,36 ponto percentual, respectivamente, por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). Ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%) também registraram altas.

Com exceção de vestuário, cujos preços recuaram 0,05% depois da alta de 0,42% em janeiro, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em fevereiro.

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O grupos habitação (0,63%), com uma aceleração em relação janeiro (0,17%), foi influenciado pelas altas em aluguel residencial (0,89%) e condomínio (0,62%).

A taxa de alimentação e bebidas (0,39%) ficou abaixo da registrada no mês anterior (0,55%).

Em transportes, houve uma desaceleração de janeiro (0,17%) para fevereiro (0,08%). A principal razão foi a queda de 9,45% nos preços das passagens aéreas. Todos os combustíveis (-0,28%) registraram queda de preço em fevereiro: etanol (-1,65%), gás veicular (-1,59%), óleo diesel (-0,59%) e gasolina (-0,04%).

O grupo comunicação (0,78%) teve seu resultado influenciado pelas altas de tv por assinatura (2,50%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (1,35%) e acesso à internet (0,66%).

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