Inflação dos EUA atingiu pico e Fed pode cortar juros no verão americano, avalia Julius Baer

"Recomendamos o posicionamento moderado com títulos de qualidade e duração mais longa", diz o banco

Ruas da Times Square, centro de compras, distante cerca de 6 km de Wall Street, mercado financeiro em Nova York - Foto: James Ting/Unsplash
Ruas da Times Square, centro de compras, distante cerca de 6 km de Wall Street, mercado financeiro em Nova York - Foto: James Ting/Unsplash

Tendo como base o clima de otimismo no mercado de títulos públicos americano, o Julius Baer avalia que a inflação já atingiu o pico nos Estados Unidos e que, em breve, começarão as especulações sobre quando o Federal Reserve (Fed, banco central americano) fará seu primeiro corte na taxa de juros.

“O sentimento é muito otimista no mercado de títulos dos EUA, com os rendimentos dos títulos do governo e os spreads de crédito dos títulos corporativos caindo em sincronia”, diz o documento assinado por Markus Allenspach, chefe de pesquisa de renda fixa do Julius Baer.

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“O condutor da euforia dos títulos é a confiança dos participantes do mercado de que a inflação dos EUA atingiu o pico e que a pressão sobre o Fed dos EUA para aumentar as taxas será substituída em breve pela especulação sobre o momento do primeiro corte de taxa”, escreve.

Olhando para os próximos passos da autarquia americana, o Julius é otimista.

“Nossos economistas preveem um corte de juros para o verão [do hemisfério norte] e em nossa última estratégia de renda fixa Research Focus, recomendamos o posicionamento moderado com títulos de qualidade e duração mais longa. Dito isto, o movimento nas últimas quatro semanas foi muito rápido e foi longe demais, em nossa opinião”, diz a nota.

Mais cedo, os contratos futuros dos Fed funds mostravam que um aperto monetário menos agressivo, de 0,50 ponto percentual na reunião marcada para quarta-feira, segue mais precificado, com probabilidade de 74,7%, enquanto um aperto mais agressivo, de 0,75 ponto percentual, tem probabilidade de 25,3%, segundo dados do CME Group.

“O ganho acima do esperado dos preços ao produtor para o mês de novembro mostra que ainda há algum risco de ambos os lados para a inflação. Vimos uma correção modesta dos preços dos títulos na condução desse número”, afirma.

“Ainda assim, a questão decisiva para os títulos continua sendo a perspectiva do Fed apresentada na próxima quarta-feira, ou seja, se o presidente do Fed, Jerome Powell, vai ou não afastar a especulação de corte nas taxas”, escreve o economista.

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