Taxa de desemprego nos EUA cai a 3,5%, menor patamar em 50 anos

Taxa de desemprego volta aos 3,5% do início de 2020, o menor nível em 50 anos

Placa com anúncio de vagas de emprego nos EUA (Foto: Ernie Journeys/Unsplash)
Placa com anúncio de vagas de emprego nos EUA (Foto: Ernie Journeys/Unsplash)

Uma semana bem agitada no mercado financeiro termina nesta sexta-feira (5) com importantes indicadores sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Na manhã desta sexta-feira (5) saiu o payroll, que é uma grande folha de pagamentos do setor privado: lista todas as pessoas que estão empregadas (fora de atividades agropecuárias).

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Em julho, 528 mil empregos froam criados, muito acima das expectativas dos analistas, que eram de uma alta de 258 mil. A média salarial subiu 0,5% em relação a junho e 5,2% ante o mesmo mês do ano passado.

A taxa de desemprego no país voltou aos 3,5% registrados no início de 2020, o menor nível em 50 anos. Ficou ligeiramente melhor do que as projeções, que eram de 3,6%.

Tais números mostram que a economia está bem aquecida. Os investidores acompanham de perto essas informações tentando prever os próximos passos do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) na condução da política monetária.

Na semana passada, no esforço de conter a inflação, a instituição aumentou a taxa básica de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 2,25%-2,5% ao ano. Pode haver uma nova alta na reunião do final de setembro. Para tomar a decisão, segundo o seu estatuto, o Fed precisa equilibrar o controle dos preços com a preservação dos empregos – diferentemente do Banco Central brasileiro, cujo mandato estabelece como único foco do seu comitê de política monetária (o Copom) a inflação.

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Pode também alimentar as apostas sobre os juros um eventual comentário de uma autoridade do Fed. Thomas Barkin, presidente da sucursal de Richmond do banco e membro do seu comitê de política monetária, vai fazer um discurso e provavelmente dar pistas de como vê a evolução dos juros no país.

Como afeta os investimentos?

A perspectiva de aumento de juros torna as aplicações de renda fixa mais atraentes, enquanto as mais arriscadas, como a Bolsa de Valores, ficam menos interessantes. Elevações de juros nos EUA são especialmente ruins para os ativos de países emergentes, como o Brasil, porque os grandes investidores internacionais se desfazem das suas aplicações nesses mercados para lucrar mais, sujeito a menos riscos, com os títulos do Tesouro americano. As ações na Bolsa e a moeda colocam tendem a se desvalorizar nesse cenário.

Agenda do dia

  • 8h: IGP-DI (julho), da FGV
  • 9h: Produção de veículos (julho), da Anfavea
  • 9h – EUA: Discurso de Thomas Barkin, presidente da sucursal Richmond e membro do comitê de política monetária do Fed
  • 9h30 – EUA: Relatório de emprego (payroll) e taxa de desemprego (julho)
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