IF HOJE: IGP-M avança 0,76% na segunda prévia de novembro, diz FGV
Resultado mostra aceleração ante igual leitura de outubro, quando o indicador registrou contração de 0,03%; custo da construção também subiu no período, de 0,33% para 0,60%
O destaque desta quinta-feira (18) é a segunda prévia para o mês de novembro do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), o indexador para atualização de preços em aluguéis, energia elétrica e outras tarifas.
O índice avançou 0,76% na segunda prévia de novembro, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas). O resultado mostra aceleração ante igual leitura de outubro, quando o indicador havia registrado contração de 0,03%.
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O IGP-M resulta da média ponderada de três índices de preços: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M).
A aceleração do IGP-M foi puxada pelo IPA-M, que passou de deflação de 0,32% na mesma leitura de outubro para alta de 0,77% na divulgação desta quinta-feira. O IPA-M mede variações médias dos preços recebidos pelos produtores domésticos, para os setores agropecuário e industrial, na venda de seus produtos.
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O INCC-M também acelerou no período, de 0,33% para 0,60%. O INCC é um importante indicador de custos para o segmento de obras e construções civis no país. Se você possui um financiamento imobiliário, também deve se atentar às alterações deste índice, pois as parcelas sofrem reajustes de acordo com o INCC.
Na contramão do movimento de alta, a FGV registrou alívio do IPC-M entre a segunda prévia de outubro e a segunda leitura de novembro, de 0,98% para 0,82%.
Há poucas semanas, economistas esperavam uma desaceleração na inflação, que não se concretizou. Apesar do baixo nível de atividade econômica no país, fatores como combustível, energia e transportes mais caros continuam a encarecer o custo de vida do brasileiro.
“Agora que a inflação é um dos fatores mais importantes [para o determinar o rumo da economia], estamos olhando todos os índices inflacionários que saem. [Esses números] vão determinar o qual o tamanho do aumento de juros que o Banco Central vai promover”, afirma Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo.
Por que importa?
Apesar de não ser a inflação oficial do país (esse posto é do IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o IGP-M ainda é utilizado na correção de diversos contratos, especialmente os de aluguel. Além disso, sua trajetória dá uma ideia de como está o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial do país calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com outro método. Ambos os índices têm diversos componentes em comum.
Como afeta seus investimentos?
Com preços subindo sem parar, o Banco Central pode ter que subir ainda mais a Selic. Neste caso, ativos de renda fixa pós-fixados atrelados ao CDI e ao IPCA ficam vantajosos. Considerando o seu orçamento, se você possui um financiamento imobiliário, também deve se atentar às alterações do INCC, que veio mais alto, pois as parcelas sofrem reajustes de acordo com o índice.
Fique por dentro
PEC dos Precatórios
Três senadores do PSDB, Podemos e Cidadania apresentaram ao governo um texto alternativo para a PEC dos precatórios, mantendo a atual fórmula de correção inflacionária do teto de gastos. Para financiar o Auxílio Brasil, o pagamento dos precatórios ficaria fora do teto em 2022.
A proposta do governo é mudar a correção do teto e adiar o pagamento de precatórios, o que abriria mais espaços para gastos. O presidente Jair Bolsonaro quer utilizar essas verbas para reajustar o salário de servidores públicos.
A maioria dos senadores não apoiam a proposta do governo e devem aprovar alterações no texto, entre elas a manutenção do benefício para além de 2022, o que o levaria de volta para a Câmara dos Deputados, arrastando a tramitação da PEC e a definição do Orçamento do próximo ano.
Alimentos mais caros
A gigante alimentícia Cargill prevê que a o preço da comida deve seguir pressionado no próximo ano. Em evento da Bloomberg, David MacLennan, presidente da companhia, afirmou que um dos principais razões para a alta nos preços é a escassez de mão de obra.