Há espaço para a Petrobras cortar mais o preço da gasolina?

O barril tipo brent, referência global, que chegou a US$ 86 no fim de outubro, atualmente está na faixa de US$ 73

Refinaria da Petrobras (PETR4). Foto: Diego Vara/Reuters
Refinaria da Petrobras (PETR4). Foto: Diego Vara/Reuters

A gasolina vendida pela Petrobras nas refinarias está R$ 0,10 mais barata desde a quarta-feira (15), negociada a R$ 3,09. A primeira redução anunciada pela companhia desde junho, quando o combustível saía a R$ 2,53, deixa no radar a dúvida se o movimento é pontual ou há brecha para uma nova baixa ainda em 2021.

O alívio momentâneo foi puxado principalmente pela queda do preço do petróleo no mercado internacional. O barril tipo brent, referência global, que chegou a US$ 86 no fim de outubro, atualmente está na faixa de US$ 73.

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Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a defasagem, que naquele momento de disparada da commodity atingiu 30%, ou o equivalente a R$ 0,50 a mais que a Petrobras poderia cobrar pelo combustível, “foi completamente mitigada”. “Os preços domésticos e internacionais são equivalentes no momento, sem grandes espaços para novas alterações”, afirma Sanchez.

A estabilização do petróleo no atual patamar, na avaliação de Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, pode permitir que uma nova redução seja feita. “Vemos espaço para um novo corte modesto na faixa de 3%”, aponta. Ele lança dúvidas se haveria tempo de o anúncio ser realizado ainda na segunda quinzena de dezembro.

Sobre o câmbio, outro componente importante na política de reajustes da petrolífera, Vieira observa pouca influência para mexer no preço da gasolina nas refinarias. “O dólar, mesmo com toda volatilidade, tem uma pretensa estabilidade. A moeda americana está rodando uma faixa média de R$ 5,65 faz um tempo”, comenta.

Outra expectativa em relação ao assunto é quando os efeitos passarão a ser sentidos pelos consumidores. Os economistas da Ativa e da Infinity acreditam que o repasse nas bombas dos postos deve ser notado no começo de janeiro de 2022, o que deve contribuir inclusive para a desaceleração da inflação.

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